Notícia
Fenprof diz que ainda há milhares de professores por colocar nas escolas
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse hoje que ainda falta colocar nas escolas milhares de professores, continuando por preencher mais de cinco mil horários, entre completos, incompletos, anuais e temporários.
01 de Setembro de 2017 às 15:38
Em conferência de imprensa, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusou o Governo de não resolver o "gravíssimo problema do desemprego de professores" uma vez que a 1 de Setembro, uma semana antes do início das aulas, há 31.102 docentes não colocados.
"Este é o número de professores e educadores que, neste momento, estarão no desemprego, o que não deixará de se reflectir nas variações de desemprego no país, quebrando a rota descendente a que vínhamos assistindo. Continua a verificar-se, em Portugal, um gigantesco desperdício de qualificações", disse Mário Nogueira.
O ano letivo 2017/2018 inicia-se entre 08 e 13 de Setembro e a Federação Nacional dos Professores considera que será "um ano muito exigente em que o Governo e a equipa ministerial deverão mostrar o que realmente valem".
No ano lectivo passado, segundo Mário Nogueira, o Ministério da Educação colocou, no âmbito da contratação inicial, 7.305 docentes, dos quais 4.673 em horários incompletos enquanto este ano "apenas colocou 2.365 docentes, todos em horários completos".
"Esta redução nas contratações terá ficado a dever-se ao facto de terem ingressado nos quadros um pouco mais de 3.400 professores, número que, ainda assim, é bastante curto, face ao elevado nível de precariedade que existe", referiu o sindicalista.
Mário Nogueira acrescentou que as colocações que tiveram lugar há uma semana revelaram outros problemas, entre os quais, um aumento significativo do número de docentes dos quadros em "horário-zero".
"Em 1 de Setembro de 2016, após as colocações através da mobilidade interna, tivemos 1.572 docentes dos quadros sem colocação. Este ano, no mesmo dia, temos 2.352 docentes dos quadros sem colocação, o que significa um aumento de 49,6%", frisou.
Os grupos de recrutamento mais afectados, explicou Mário Nogueira, são os de Educação Especial, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical do 2º ciclo, Educação Tecnológica, Português 3º. Ciclo e secundário, Inglês 3.º ciclo e secundário, Biologia e Geologia 3.º ciclo e secundário, Português e Estudos sociais/História do 2.º ciclo, Educação Física 3.º ciclo e secundário e Físico-Química do 3º ciclo e secundário.
Relativamente às colocações de docentes dos quadros no âmbito da mobilidade interna, a Fenprof considera que o concurso "está manchado de injustiças" por o Ministério da Educação ter decidido, sem aviso prévio, não colocar docentes em horários incompletos.
A Federação Nacional dos Professores defende a retirada das listas de mobilidade interna publicadas, substituindo-as por outras que também incluíssem os horários incompletos.
Mário Nogueira disse ainda que relativamente aos docentes com horários completos, o Ministério da Educação esta a colocar actividades lectivas na componente não lectiva dos docentes.
A Fenprof, adiantou, tenciona discutir em reunião de secretariado nacional a possibilidade de um pré-aviso de greve para todo o ano lectivo a todas as actividades lectivas distribuídas na componente não lectiva.
Durante o ano lectivo que se iniciará a Fenprof garante que os docentes lutarão por medidas que beneficiem as escolas e o sistema, tais como a gestão democrática das escolas, o início da desagregação dos mega-agrupamentos ou uma significativa redução do número de alunos por turma, arrancando esta luta com uma campanha intitulada "valorizar a educação e os seus profissionais 2017/2018: tempo de resolver problemas", com a realização a 04 de Outubro, em Lisboa, de um plenário nacional.
"Este é o número de professores e educadores que, neste momento, estarão no desemprego, o que não deixará de se reflectir nas variações de desemprego no país, quebrando a rota descendente a que vínhamos assistindo. Continua a verificar-se, em Portugal, um gigantesco desperdício de qualificações", disse Mário Nogueira.
No ano lectivo passado, segundo Mário Nogueira, o Ministério da Educação colocou, no âmbito da contratação inicial, 7.305 docentes, dos quais 4.673 em horários incompletos enquanto este ano "apenas colocou 2.365 docentes, todos em horários completos".
"Esta redução nas contratações terá ficado a dever-se ao facto de terem ingressado nos quadros um pouco mais de 3.400 professores, número que, ainda assim, é bastante curto, face ao elevado nível de precariedade que existe", referiu o sindicalista.
Mário Nogueira acrescentou que as colocações que tiveram lugar há uma semana revelaram outros problemas, entre os quais, um aumento significativo do número de docentes dos quadros em "horário-zero".
"Em 1 de Setembro de 2016, após as colocações através da mobilidade interna, tivemos 1.572 docentes dos quadros sem colocação. Este ano, no mesmo dia, temos 2.352 docentes dos quadros sem colocação, o que significa um aumento de 49,6%", frisou.
Os grupos de recrutamento mais afectados, explicou Mário Nogueira, são os de Educação Especial, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical do 2º ciclo, Educação Tecnológica, Português 3º. Ciclo e secundário, Inglês 3.º ciclo e secundário, Biologia e Geologia 3.º ciclo e secundário, Português e Estudos sociais/História do 2.º ciclo, Educação Física 3.º ciclo e secundário e Físico-Química do 3º ciclo e secundário.
Relativamente às colocações de docentes dos quadros no âmbito da mobilidade interna, a Fenprof considera que o concurso "está manchado de injustiças" por o Ministério da Educação ter decidido, sem aviso prévio, não colocar docentes em horários incompletos.
A Federação Nacional dos Professores defende a retirada das listas de mobilidade interna publicadas, substituindo-as por outras que também incluíssem os horários incompletos.
Mário Nogueira disse ainda que relativamente aos docentes com horários completos, o Ministério da Educação esta a colocar actividades lectivas na componente não lectiva dos docentes.
A Fenprof, adiantou, tenciona discutir em reunião de secretariado nacional a possibilidade de um pré-aviso de greve para todo o ano lectivo a todas as actividades lectivas distribuídas na componente não lectiva.
Durante o ano lectivo que se iniciará a Fenprof garante que os docentes lutarão por medidas que beneficiem as escolas e o sistema, tais como a gestão democrática das escolas, o início da desagregação dos mega-agrupamentos ou uma significativa redução do número de alunos por turma, arrancando esta luta com uma campanha intitulada "valorizar a educação e os seus profissionais 2017/2018: tempo de resolver problemas", com a realização a 04 de Outubro, em Lisboa, de um plenário nacional.