Notícia
Espanha multa Colgate, Henkel, Puig e Sara Lee em oito milhões
A concorrência espanhola decretou multas de 8 milhões de euros às companhias Sara Lee, Colgate Palmolive e Puig por acordarem um aumento dos preços das suas marcas de gel de banho em mais de 15%, que encobriram através da redução do tamanho das embalagens. A Henkel, que colaborou com a autoridade, deverá escapar à multa.
A concorrência espanhola decretou multas de 8 milhões de euros às companhias Sara Lee, Colgate Palmolive e Puig por acordarem um aumento dos preços das suas marcas de gel de banho em mais de 15%, que encobriram através da redução do tamanho das embalagens.
A Henkel, que colaborou com a autoridade, deverá escapar à multa. A notícia, veiculada hoje pela agência espanhola Efe dá conta que a autoridade da concorrência espanhola (em espanhol, CNC -Comisión Nacional de la Competencia) impôs multas que ascendem a mais de oito milhões de euros por fixação de preços e aumento dos mesmos de forma concertada.
Em resolução tomada a 21 de Janeiro, o conselho da CNC considerou existir, desde finais de 2005, um cartel entre os principais fabricantes de gel banho e duche, avançou hoje a autoridade espanhola em comunicado, citado pelo “La Vanguardia”.
De acordo com a conclusão da autoridade espanhola, as companhias Henkel, Sara Lee e Puig reduziram, entre Junho de 2006 e Maio de 2007 as embalagens das suas marcas Fa, la Toja, Magno, Sanex, Lactovit, Kinesa e Heno de Pravia em 15% da capacidade.
A Colgate não terá chegado, na altura, a reduzir as embalagens. A Sara Lee, multinacional norte-americana que chegou a estar presente em Portugal com uma unidade de produção no sector alimentar (foi dona, até 2006, da carnes Nobre), é dona da marca Sanex. Como colaborou com a entidade, a Sara Lee deverá ver a sua multa reduzida de 6,19 para 3,17 milhões de euros.
A espanhola Puig, dona da marca Heno de Pravia, deverá enfrentar uma sanção de 2,34 milhões de euros e a norte-americana Colgate Palmolive terá de pagar outros 2,17 milhões de euros. As duas companhias estão também presentes em Portugal. Já a alemã Henkel, detentora da marca Fa, por ter colaborado com a autoridade da concorrência desde o início das investigações, tendo sido a primeira a apresentar provas do cartel, não deverá pagar a multa de 4,27 milhões de euros (que seria a segunda mais elevada a seguir à originalmente imposta à Sara Lee).
No âmbito do programa de clemência (que neste caso teve início a 28 de Fevereiro de 2008), os membros que se demonstrem “arrependidos” de um cartel podem ver a sua multa reduzida ou perdoada se colaborarem com as autoridades na denúncia dos restantes grupos com os quais acordaram fixar preços e facilitarem provas da sua culpabilidade.
A CNC concluiu em suma que os responsáveis máximos das empresas implicadas, líderes do sector naquele território, acordaram em várias reuniões um aumento encoberto dos preços dos gel de banho e duche em mais de 15%. Para disfarçar tal agravamento do preço junto dos consumidores, os fabricantes acordaram ainda vender o gel em embalagens mais reduzidas que as utilizadas até aquele momento, mantendo porém os preços das mesmas.
A conduta foi considerada “muito grave”, penalizada ainda pelo facto que as empresas implicadas estavam plenamente conscientes da sua ilegalidade, frisou a CNC. A autoridade concluiu ainda que a infracção conjunta afectou todo o mercado, já que, aumentado os seus preços desta forma, permitiram ao restante operadores, incluindo a distribuição via marcas próprias, uma maior margem para todos aumentarem os preços. Houve assim prejuízo directo para os consumidores, porque foi reduzida a pressão competitiva entre os produtores, acrescentou ainda a autoridade espanhola.
A Henkel, que colaborou com a autoridade, deverá escapar à multa. A notícia, veiculada hoje pela agência espanhola Efe dá conta que a autoridade da concorrência espanhola (em espanhol, CNC -Comisión Nacional de la Competencia) impôs multas que ascendem a mais de oito milhões de euros por fixação de preços e aumento dos mesmos de forma concertada.
De acordo com a conclusão da autoridade espanhola, as companhias Henkel, Sara Lee e Puig reduziram, entre Junho de 2006 e Maio de 2007 as embalagens das suas marcas Fa, la Toja, Magno, Sanex, Lactovit, Kinesa e Heno de Pravia em 15% da capacidade.
A Colgate não terá chegado, na altura, a reduzir as embalagens. A Sara Lee, multinacional norte-americana que chegou a estar presente em Portugal com uma unidade de produção no sector alimentar (foi dona, até 2006, da carnes Nobre), é dona da marca Sanex. Como colaborou com a entidade, a Sara Lee deverá ver a sua multa reduzida de 6,19 para 3,17 milhões de euros.
A espanhola Puig, dona da marca Heno de Pravia, deverá enfrentar uma sanção de 2,34 milhões de euros e a norte-americana Colgate Palmolive terá de pagar outros 2,17 milhões de euros. As duas companhias estão também presentes em Portugal. Já a alemã Henkel, detentora da marca Fa, por ter colaborado com a autoridade da concorrência desde o início das investigações, tendo sido a primeira a apresentar provas do cartel, não deverá pagar a multa de 4,27 milhões de euros (que seria a segunda mais elevada a seguir à originalmente imposta à Sara Lee).
No âmbito do programa de clemência (que neste caso teve início a 28 de Fevereiro de 2008), os membros que se demonstrem “arrependidos” de um cartel podem ver a sua multa reduzida ou perdoada se colaborarem com as autoridades na denúncia dos restantes grupos com os quais acordaram fixar preços e facilitarem provas da sua culpabilidade.
A CNC concluiu em suma que os responsáveis máximos das empresas implicadas, líderes do sector naquele território, acordaram em várias reuniões um aumento encoberto dos preços dos gel de banho e duche em mais de 15%. Para disfarçar tal agravamento do preço junto dos consumidores, os fabricantes acordaram ainda vender o gel em embalagens mais reduzidas que as utilizadas até aquele momento, mantendo porém os preços das mesmas.
A conduta foi considerada “muito grave”, penalizada ainda pelo facto que as empresas implicadas estavam plenamente conscientes da sua ilegalidade, frisou a CNC. A autoridade concluiu ainda que a infracção conjunta afectou todo o mercado, já que, aumentado os seus preços desta forma, permitiram ao restante operadores, incluindo a distribuição via marcas próprias, uma maior margem para todos aumentarem os preços. Houve assim prejuízo directo para os consumidores, porque foi reduzida a pressão competitiva entre os produtores, acrescentou ainda a autoridade espanhola.