Para calar as vozes que justificam a fraca representatividade das mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas, um conjunto de escolas de negócio europeias e de executivas seniores publicou uma lista com nomes de mulheres que consideram bem preparadas para ocupar lugares de topo.

A lista, que foi publicada no início deste mês, contém mais de 3500 nomes, entre os quais se incluem ex-alunas de MBA e membros das escolas de negócios. Só a conceituada INSEAD, que forma mais de mil alunos por ano, apontou dois mil nomes, apesar de 67 das mulheres apontadas já ocuparem cargos de topo. A London Business School identificou 330 ex-alunas, e a suíça IMD contribuiu com 348 nomes.

Esta foi a resposta ao desafio colocado pela comissária europeia Viviane Reding, no ano passado. Mas será também necessário alterar alguma coisa nas próprias escolas de negócios. Segundo dados do ranking Global MBA 2012 do Financial Times, a percentagem de mulheres nos seus conselhos de direcção é de apenas 24% e as alunas de MBA não ultrapassam os 30% nas escolas europeias. Algumas instituições admitem que estão já a trabalhar com 'headhunters' para melhorar estes números.