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Enigma matemático com quase 400 anos vale 600 mil euros

Enunciado em 1637, durante séculos vários matemáticos tentaram resolvê-lo. Até que em 1994 o britânico Andrew J. Wiles conseguiu encontrar a solução. Agora foi premiado pela Academia Sueca.

Negócios 15 de Março de 2016 às 16:32
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Há 379 anos que o matemático francês Pierre de Fermat deixou escrita, na margem de um livro, uma equação que passou de geração para geração sem uma solução plausível. Até que, em 1994 outro matemático - Andrew J. Wiles – propôs uma resposta para o teorema.


Wiles conseguiu provar que é possível resolver o problema x^n+y^n=z^n \,\! , se n não corresponder a um número maior do que dois e se as três letras (x, y e z) forem números inteiros positivos. Esta terça-feira, 15 de Março, mais de 20 anos depois, a resolução do enigma foi finalmente premiada.


O último teorema de Fermat – para cuja resolução o próprio Fermat indicava ser "muito pequeno" o espaço na margem do livro – valeu 600 mil euros ao britânico, que recebeu o prémio Abel (uma espécie de Nobel das matemáticas) das mãos da Academia Norueguesa de Ciências e Letras, depois de mais de 30 anos de obsessão pelo problema.


O vencedor do prémio foi anunciado esta terça-feira mas o cheque só será entregue a 24 de Maio. Hoje investigador na Universidade de Oxford, Wiles diz que soube desde 1963, quando viu com dez anos o problema em Cambridge pela primeira vez, que nunca o abandonaria. "Tinha de resolvê-lo", afirma.


A escolha de Wiles foi determinada pela sua "demonstração impressionante do último teorema", refere o comunicado da organização, que considera que a resolução "abre uma nova era na teoria dos números".

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