"Não devemos esquecer que a Lehman Brothers tinha rating AAA quando foi à falência..."


Quais os principais desafios que se colocam hoje às escolas de negócios?
Infelizmente, o plágio e o 'jogo das acreditações e rankings' são os maiores desafios. Temos combatido o plágio com softwares e com um acompanhamento próximo dos alunos pelos docentes (ou orientadores, em caso de teses).

Quanto às acreditações e ran-kings, estas podem, em última instância, prejudicar os alunos e a sociedade. Por exemplo, uma escola que esteja focada nos rankings, pode tentar evitar que os seus alunos vão trabalhar para organizações não lucrativas ou PME, porque ao terem salários mais baixos prejudicam a escola nos rankings. Ou vão querer trocar docentes portugueses por estrangeiros, mesmo que piores que os portugueses, só para as ajudar nas acreditações. E não devemos esquecer que a Lehman Brothers tinha rating AAA no momento em que foi à falência. Isto faz-nos pensar muito sobre o papel das acreditações e dos rankings...

Numa conjuntura em que se ambiciona cada vez mais uma carreira internacional, o que fazem para atrair os alunos portugueses?
Apostamos num ensino prático, ajustado à realidade empresarial e não excessivamente teórico. Investimos na qualidade do corpo de alunos que captamos, na actualização de matérias e numa visão global dos assuntos abordados.

A tendência em Portugal continuará a ser as parcerias com universidades estrangeiras?
As parcerias são importantes para ajudar as escolas portuguesas a ganhar mais credibilidade internacional, pois têm mais qualidade real que percebida. No nosso caso, somos a única escola portuguesa que tem um MBA (The Energy MBA) com um semestre completo numa universidade de renome internacional.

Quais as novidades que o vosso MBA apresenta em 2012?
No Executive MBA introduzimos o coaching individual, que vai preparar os alunos a vários níveis, como liderança, gestão de equipas, e gestão da carreira. Este coaching individual é dado por consultores da Heidrick & Struggles.

Considera que esta é a altura certa para investir num MBA
Sem dúvida, porque nestas alturas as pessoas precisam de apostar mais na sua formação, para poderem destacar-se e estarem mais preparadas para quando a economia recuperar.