Notícia
Vice-presidente do Infarmed defende comparticipação de medicamentos consoante rendimentos
Miguel Vigeant Gomes, vice-presidente do Infarmed, defendeu hoje que os medicamentos deviam ser comparticipados de acordo com o rendimento dos cidadãos, tendo em conta o facto de Portugal ser "um país de escassos recursos".
22 de Junho de 2012 às 16:59
“Num País de escassos recursos, como Portugal, não sei se não devíamos ter mais algum peso, no sistema de comparticipações dos medicamentos, da capacidade económica e financeira do próprio doente”, defendeu Miguel Vigeant Gomes, acrescentando que “há muitas pessoas de baixos rendimentos com dificuldade de acesso aos medicamentos” e, por outro lado, pessoas muito ricas que têm medicamentos à borla por sofrerem,por exemplo, de diabetes.
O responsável da autoridade do medicamento, que falava durante um encontro sobre política do medicamento organizado pela Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES), admitiu que o sistema de comparticipações actual é “imperfeito” pois baseia-se no valor e na classe do medicamento, com a excepção dos idosos mais pobres que têm uma comparticipação acrescida do Estado.
Também Almeida Lopes, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), caracterizou o sistema de comparticipações como “pouco mais do que uma manta de retalhos, com cerca de 30 anos", que devia ser revisto.
Aranda da Silva, ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, presente na plateia, começou por dizer que esteve por detrás do actual sistema de comparticipações que tem “mais de 20 anos”. “É preciso ter coragem para discutir quanto estamos dispostos a gastar”, frisou Aranda da Silva, acrescentando que “hoje há medicamentos comparticipados em valores que não se justificam”.
Já o economista Miguel Gouveia, outro dos participantes no encontro, alertou para os riscos da construção de um sistema de comparticipações que leve em conta os níveis de rendimento.
De acordo com a edição de hoje do jornal “Sol”, o ministro da Saúde vai substituir, na próxima semana, os membros do conselho de administração do Infarmed, que estão em gestão. Questionado, Miguel Vigeant Gomes disse não ter conhecimento de nada.
O responsável da autoridade do medicamento, que falava durante um encontro sobre política do medicamento organizado pela Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES), admitiu que o sistema de comparticipações actual é “imperfeito” pois baseia-se no valor e na classe do medicamento, com a excepção dos idosos mais pobres que têm uma comparticipação acrescida do Estado.
Aranda da Silva, ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, presente na plateia, começou por dizer que esteve por detrás do actual sistema de comparticipações que tem “mais de 20 anos”. “É preciso ter coragem para discutir quanto estamos dispostos a gastar”, frisou Aranda da Silva, acrescentando que “hoje há medicamentos comparticipados em valores que não se justificam”.
Já o economista Miguel Gouveia, outro dos participantes no encontro, alertou para os riscos da construção de um sistema de comparticipações que leve em conta os níveis de rendimento.
De acordo com a edição de hoje do jornal “Sol”, o ministro da Saúde vai substituir, na próxima semana, os membros do conselho de administração do Infarmed, que estão em gestão. Questionado, Miguel Vigeant Gomes disse não ter conhecimento de nada.