As vendas a retalho cresceram inesperadamente no Reino Unido em Setembro, com o aumento dos descontos nas lojas a fazer disparar as compras de telemóveis, artigos para desporto e de tapeçaria.

As vendas avançaram 1% no mês em análise, contra a subida de 0,7% de Agosto, revelou o instituto de estatística daquele país.

Este avanço foi inesperado já que os economistas consultados pela Bloomberg esperavam que as vendas ficassem inalteradas.

Por valor, as vendas a retalho caíram uma taxa anual de 5%.

Estes dados contradizem a visão do Banco de Inglaterra que considera que os gastos de consumo estão a abrandar.

A subida nas vendas a retalho fez com que o valor da libra aumentasse, reiniciando a especulação de que os responsáveis do Banco de Inglaterra poderão ter que aumentar as taxas de juro pela sexta vez consecutiva.

Um maior número de descontos que se tem efectuado desde Dezembro de 2002 tem encorajado os consumidores a realizarem mais gastos, mesmo depois do Banco de Inglaterra ter aumentado a taxa de juro de referência para o valor mais elevado em três anos. Estes dados poderão reavivar a especulação de que o banco poderá voltar a subir a taxa.

Os gastos das famílias, prejudicados pelo declínio do desemprego e pela subida dos preços das casas, ajudaram a economia do Reino Unido a crescer a uma taxa anual de 3,7% no segundo trimestre. O crescimento na Zona Euro foi 2% uma vez que os consumidores reduziram os seus gastos.

As vendas em lojas predominantemente alimentares aumentaram 0,6% em Setembro e 4,3% durante o ano. Em lojas não alimentares as vendas avançaram 1% no mês em análise e 8,3% no ano.