Notícia
Vaticano já sabe resultado da avaliação à transparência das suas contas
A Santa Sé recebeu ontem o resultado da avaliação dos seus esforços para prevenir lavagens de dinheiro, realizado pelo Moneyval, mas o relatório ainda não é público.
05 de Julho de 2012 às 16:43
O Moneyval, órgão do Conselho Europeu que fiscaliza a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, revelou ontem à Santa Fé o resultado da sua avaliação. O Vaticano tem um mês para responder, antes de o relatório ser tornado público.
Em Março, o JPMorgan encerrou a conta que o Vaticano havia aberto no seu balcão de Milão, justificando que as informações fornecidas pelo Vaticano acerca de algumas transferências bancárias eram insuficientes e que o JPMorgan se rege “tanto pelas leis do Estado italiano como pelos seus regulamentos internos”, segundo carta citada pelo “Expansión”.
Já em 2010 o banco americano tinha classificado a conta do IOR (Instituto para as Obras Religiosas) como sendo de “alto risco”. De facto não se conhece o que aconteciam às quantias transferidas, diariamente, da conta do Vaticano para a Alemanha, mas segundo a “Sábado”, terão passado pela conta 1,5 mil milhões de euros desde que a conta foi aberta.
O encerramento desta conta, pelo JPMorgan, pode constituir um obstáculo à entrada do Vaticano na “Lista Branca” da OCDE, lista em que se incluem os países que se posicionam contra a lavagem de dinheiro, destaca a imprensa italiana, de acordo com o “Expansión”.
O Instituto para as Obras Religiosas, conhecido por Banco do Vaticano, tem estado, desde 2010, envolvido em várias polémicas. Nesse ano Paolo Cipriani, director-geral, e Ettore Gotti Tedeschi, então responsável pelo IOR, foram investigados por alegada omissão de dados numa transferência de dados de um banco italiano.
O Ministério Público congelou 23 milhões de euros depositados no banco italiano Credito Artigiano, por suspeita de lavagem de dinheiro. Em Outubro de 2010 o Vaticano pediu a libertação da quantia, recorrendo a um tribunal italiano. À época o Vaticano justificou que tal foi um “desentendimento” com o Credito Artigiano. De acordo com a BBC, Ettore Gotti Tedeschi continuou a ser investigado e o Vaticano, que agora afastou Tedeschi, demonstrou confiança no líder, dizendo-se “perplexo e estupefacto” com a situação, segundo a BBC.
Tedeschi abandonou a presidência do IOR em Maio último. O Vaticano justificou o afastamento do economista italiano referindo em comunicado que “ultimamente, as relações entre os administradores e o presidente se foram deteriorando” que havia sido nomeado em 2009 quando Bento XVI resolveu adaptar o Banco às regras de transparência financeira. O antigo presidente disse à Reuters que o seu afastamento foi resultado da sua “transparência”. Entretanto o Vaticano está já à procura de um substituto, segundo o “El Mundo”.
No final de 2010 o Vaticano assumia o compromisso de reger as suas entidades financeiras pela legislação da União Europeia, de modo a garantir a transparência fiscal. Bento XVI disse querer “fazer suas as regras adoptadas para prevenir e combater estes terríveis fenómenos” e “prevenir e lutar contra a lavagem de dinheiro proveniente de actividades criminais e destinadas ao financiamento do terrorismo".
Em Junho o director do IOR, Paolo Cipriani, esclareceu que esta instituição, criada em 1942 por Pio XII com o fim de gerir o dinheiro da igreja católica e com personalidade jurídica própria, “não é um banco”, embora conte com depósitos de aproximadamente seis milhões de euros e 33 mil titulares. Segundo Cipriani só 5% destes depósitos se utilizam para investimentos, mas sem carácter especulativo, garante o director-geral do IOR.
Em Março, o JPMorgan encerrou a conta que o Vaticano havia aberto no seu balcão de Milão, justificando que as informações fornecidas pelo Vaticano acerca de algumas transferências bancárias eram insuficientes e que o JPMorgan se rege “tanto pelas leis do Estado italiano como pelos seus regulamentos internos”, segundo carta citada pelo “Expansión”.
O encerramento desta conta, pelo JPMorgan, pode constituir um obstáculo à entrada do Vaticano na “Lista Branca” da OCDE, lista em que se incluem os países que se posicionam contra a lavagem de dinheiro, destaca a imprensa italiana, de acordo com o “Expansión”.
O Instituto para as Obras Religiosas, conhecido por Banco do Vaticano, tem estado, desde 2010, envolvido em várias polémicas. Nesse ano Paolo Cipriani, director-geral, e Ettore Gotti Tedeschi, então responsável pelo IOR, foram investigados por alegada omissão de dados numa transferência de dados de um banco italiano.
O Ministério Público congelou 23 milhões de euros depositados no banco italiano Credito Artigiano, por suspeita de lavagem de dinheiro. Em Outubro de 2010 o Vaticano pediu a libertação da quantia, recorrendo a um tribunal italiano. À época o Vaticano justificou que tal foi um “desentendimento” com o Credito Artigiano. De acordo com a BBC, Ettore Gotti Tedeschi continuou a ser investigado e o Vaticano, que agora afastou Tedeschi, demonstrou confiança no líder, dizendo-se “perplexo e estupefacto” com a situação, segundo a BBC.
Tedeschi abandonou a presidência do IOR em Maio último. O Vaticano justificou o afastamento do economista italiano referindo em comunicado que “ultimamente, as relações entre os administradores e o presidente se foram deteriorando” que havia sido nomeado em 2009 quando Bento XVI resolveu adaptar o Banco às regras de transparência financeira. O antigo presidente disse à Reuters que o seu afastamento foi resultado da sua “transparência”. Entretanto o Vaticano está já à procura de um substituto, segundo o “El Mundo”.
No final de 2010 o Vaticano assumia o compromisso de reger as suas entidades financeiras pela legislação da União Europeia, de modo a garantir a transparência fiscal. Bento XVI disse querer “fazer suas as regras adoptadas para prevenir e combater estes terríveis fenómenos” e “prevenir e lutar contra a lavagem de dinheiro proveniente de actividades criminais e destinadas ao financiamento do terrorismo".
Em Junho o director do IOR, Paolo Cipriani, esclareceu que esta instituição, criada em 1942 por Pio XII com o fim de gerir o dinheiro da igreja católica e com personalidade jurídica própria, “não é um banco”, embora conte com depósitos de aproximadamente seis milhões de euros e 33 mil titulares. Segundo Cipriani só 5% destes depósitos se utilizam para investimentos, mas sem carácter especulativo, garante o director-geral do IOR.