A UGT defende que a discussão em torno da subida para os 500 euros do salário mínimo deve ocorrer apenas em Junho. Após a reunião com o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, Carlos Silva considera que há uma urgência no debate e no aumento do salário mínimo porque há a "necessidade de dinamizar o mercado interno".

O responsável considera que haverá condições para discutir e firmar um acordo de concertação social, que inclua o aumento do salário mínimo, em Junho, realçando que este deve ser aplicado de forma imediata. “Não faz sentido estarmos a discutir o salário mínimo a seis ou sete meses” de ser aplicado. 

O líder da central sindical defende a conclusão do acordo assinado em 2006, na altura do Governo de José Sócrates, que previa o aumento do salário mínimo para 500 euros em 2011. 

Sobre o acordo de concertação social, Carlos Silva quer um acordo após a saída da troika e das eleições europeias: “Não entramos em folclore eleitoral”. Aos jornalistas, o responsável da UGT referiu que Passos Coelho quer um acordo antes de 17 de Maio – data oficial do fim do programa de assistência – “para agradar aos mercados internacionais”.

Carlos Silva justifica que um possível novo acordo de concertação social é urgente: “Necessitamos urgentemente de dinamizar a negociação colectiva”.

Passos Coelho já admitiu aumentar o salário mínimo, mas tem defendido que é preciso chegar-se a um acordo em concertação social mais amplo e que não será apenas o salário mínimo que tem de ser discutido.

O primeiro-ministro está a ouvir os vários parceiros de concertação social durante o dia de hoje. Ontem, dia 8, Pedro Passos Coelho ouviu todos os partidos com assento parlamentar, à excepção do PS. O chefe de Governo e o líder da oposição estiveram reunidos a 17 de Março.