Notícia
Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre ataques em Zaporijia e Donetsk
Autoridades ucranianas denunciam que ataque russo foi realizado durante uma ação de ajuda humanitária da ONU. Russos denunciam ataque com mísseis que terá provocado danos em central térmica.
08 de Janeiro de 2023 às 13:00
A Ucrânia e a Rússia trocaram este domingo acusações de ataques militares na região de Zaporijia, durante uma visita humanitária realizada pela ONU, e a uma central térmica em Starobeshevskaya (Novi Svit) em Donetsk, desconhecendo-se, para já, se há vítimas.
Segundo reporta a agência Europa Press, em Zaporijia, o presidente da administração ucraniana, Oleksandr Staruj, denunciou que o ataque russo foi realizado durante uma ação de ajuda humanitária da ONU em Orijiv (a 60 quilómetros da frente regional). O ataque, segundo Staruj, ocorreu numa altura em que era suposto vigorar um cessar-fogo decretado unilateralmente sexta-feira pela Rússia e que expirou às 00:00 deste domingo. "O ocupante continua a ignorar as regras da guerra e a atacar as comunidades. A Rússia é um talibã ortodoxo, que ignora o que é sagrado e ignora todas as regras da convivência humana", protestou Staruj, numa mensagem. Nem as Nações Unidas nem a Rússia se pronunciaram sobre o incidente.
Em Donetsk, as autoridades pró-russas da região também denunciaram que um ataque com mísseis lançado esta madrugada pela Ucrânia provocou danos na central térmica de Starobeshevskaya, em Novi Svit, admitindo-se a possibilidade de duas pessoas terem sido soterradas pelos escombros, embora, a este respeito, nada esteja confirmado.
"Os serviços de emergência estão a trabalhar no local do bombardeamento e a limpar os escombros. Possivelmente, pelo menos duas pessoas, funcionários da estação, podem estar sob os escombros", indicou, num comunicado, a administração pró-russa da região à agência noticiosa oficial russa TASS.
O ataque teria sido realizado com um sistema de mísseis de lançamento múltiplo, dos quais seis atingiram a central térmica e arredores, segundo um comunicado adicional do órgão russo do Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos Relacionados a Crimes de Guerra da Ucrânia.
A central é uma das maiores produtoras de energia no leste da Ucrânia, fornecendo eletricidade para o centro e o sul de Donetsk, disputada entre Moscovo e Kiev desde 2014 e agora incorporada na Rússia após um referendo declarado ilegal pela Ucrânia e seus aliados.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para as autoridades ucranianas e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Segundo reporta a agência Europa Press, em Zaporijia, o presidente da administração ucraniana, Oleksandr Staruj, denunciou que o ataque russo foi realizado durante uma ação de ajuda humanitária da ONU em Orijiv (a 60 quilómetros da frente regional). O ataque, segundo Staruj, ocorreu numa altura em que era suposto vigorar um cessar-fogo decretado unilateralmente sexta-feira pela Rússia e que expirou às 00:00 deste domingo. "O ocupante continua a ignorar as regras da guerra e a atacar as comunidades. A Rússia é um talibã ortodoxo, que ignora o que é sagrado e ignora todas as regras da convivência humana", protestou Staruj, numa mensagem. Nem as Nações Unidas nem a Rússia se pronunciaram sobre o incidente.
"Os serviços de emergência estão a trabalhar no local do bombardeamento e a limpar os escombros. Possivelmente, pelo menos duas pessoas, funcionários da estação, podem estar sob os escombros", indicou, num comunicado, a administração pró-russa da região à agência noticiosa oficial russa TASS.
O ataque teria sido realizado com um sistema de mísseis de lançamento múltiplo, dos quais seis atingiram a central térmica e arredores, segundo um comunicado adicional do órgão russo do Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos Relacionados a Crimes de Guerra da Ucrânia.
A central é uma das maiores produtoras de energia no leste da Ucrânia, fornecendo eletricidade para o centro e o sul de Donetsk, disputada entre Moscovo e Kiev desde 2014 e agora incorporada na Rússia após um referendo declarado ilegal pela Ucrânia e seus aliados.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para as autoridades ucranianas e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.