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Trabalhadores do Via Segurança Social esperançados na readmissão

A empresa RHmais está a informar os trabalhadores que vai despedir no centro de atendimento da Segurança Social, em Castelo Branco, mas que pode readmitir alguns em Novembro, mesmo sem saber se continua a gerir o centro, disseram os funcionários.

27 de Junho de 2012 às 14:26
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Vários trabalhadores contactados hoje à porta do centro de atendimento telefónico nacional da Segurança Social disseram à agência Lusa ter "esperança" nas palavras transmitidas pelos responsáveis da empresa.

No entanto, reconhecem que "não podem haver garantias", visto estar ainda a decorrer o concurso público internacional para concessão do centro de atendimento telefónico nacional.

A agência Lusa tentou saber junto da empresa de recursos humanos como prevê readmitir pessoal sem estar terminado o concurso e escolhida a firma à qual vai ser entregue a concessão.

No entanto, fonte da RHmais disse que não serão prestadas informações sobre o assunto, remetendo quaisquer esclarecimentos para o Instituto da Segurança Social (ISS), que concessiona o funcionamento do centro.

O contrato entre o ISS e a RHmais para concessão do centro Via Segurança Social termina no sábado, dia 30 de Junho.

Segundo alguns trabalhadores, está a ser explicado que, em condições normais, um novo período de concessão deveria começar a 01 de Julho.

No entanto, devido ao atraso no lançamento do concurso público internacional, o processo de escolha da empresa que vai gerir o centro num novo período, até 2014, "só estará concluído em Outubro".

Assim, o centro sedeado em Castelo Branco vai ter de fechar a partir de segunda-feira e todo o pessoal será despedido, reabrindo as instalações a 16 de Julho nas mãos de "uma empresa escolhida num concurso intermédio para apenas quatro meses e com 50 pessoas", segundo disseram trabalhadores.

Segundo estes funcionários, parte dos contactos telefónicos "serão desviados" para centros distritais de segurança social noutros pontos do país.

Sobre o concurso público internacional, não há indicação sobre quantos trabalhadores serão admitidos, sabendo-se apenas que a empresa que ficar com o serviço verá reduzidas "em cerca de dois milhões de euros" as verbas entregues pelo ISS, anunciou o próprio instituto em comunicado, a 06 de Junho.

José Marques, um dos trabalhadores efectivos do centro de atendimento, falava hoje de manhã do despedimento como "uma pausa até Novembro: depois, com certeza que vai correr tudo bem e voltamos para cá".

A única garantia para uma possível reintegração é a palavra "de pessoas com que trabalhamos e nas quais confiamos. Uma garantia apalavrada, mas chega", sublinhou.

"A única coisa que sabemos é que a empresa tentou fazer tudo para nós ficarmos" e que a partir de segunda-feira resta o recurso ao subsídio de desemprego.

São "férias prolongadas", atalhou outra trabalhadora, ao correr para entrar nas instalações, referindo que "a reintegração será possível, mas depende da empresa que ficar" com a concessão do centro.

Rui Martins, outro funcionário, disse que, "seja com esta empresa, seja com outra, dizem que poderá haver possibilidade de readmitirem novamente" os trabalhadores, embora reconhecesse que "não há garantias".

Agora resta recorrer "ao subsídio de desemprego", sublinhou o trabalhador-estudante, cujo ordenado era uma ajuda importante para "pagar propinas", admitindo que, "bem mais complicada, é a situação de casais em que os dois membros trabalham" no centro.

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