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Todos os olhos virados para a reunião da Reserva Federal

Banco central norte-americano decide esta quarta-feira se avança ou não com novas medidas de estímulo monetário à economia.

19 de Setembro de 2011 às 09:10
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A Reserva Federal dos EUA (Fed) volta esta semana a saltar para o palco principal, repartindo as atenções com a evolução da crise da dívida na Zona Euro e do impasse na Grécia. O banco central norte-americano promove a reunião mensal de política monetária, sendo ainda uma incógnita até que ponto a Fed poderá avançar para novas medidas de estímulo à economia.

A reunião da Fed tem início já amanhã mas prolonga-se, excepcionalmente, ao longo de dois dias. A decisão de Ben Bernanke e seus pares será conhecida na quarta-feira, às 19h15. Uma reunião de dois dias "permitirá à Fed discutir com maior profundidade sobre qual será a melhor resposta para o actual ambiente macroeconómico", escrevem economistas do ING em nota de investimento a que o Negócios teve acesso.

Geraram-se nas últimas semanas expectativas no mercado de que a Fed poderá apresentar um terceiro pacote de estímulo monetário através da compra de activos no mercado com dinheiro novo ("quantitative easing"). "Tendo em conta que nas ocasiões anteriores Ben Bernanke justificou a introdução de programas de expansão monetária com o combate à ameaça de deflação, a recente subida da inflação reduz a probabilidade de um novo programa", acredita o ING.

A decisão da Fed irá determinar o rumo de vários mercados, não só os bolsistas mas também as obrigações e as matérias-primas. Além, naturalmente, do mercado cambial, onde o dólar tem ganho terreno ao euro por força dos receios em torno da Grécia e da crise da dívida soberna na área da moeda única.

Depois da reunião informal do Ecofin deste fim-de-semana, os investidores vão continuar a acompanhar de perto as negociações em torno da exigência de alguns países nórdicos de garantias colaterais na sua contribuição para o segundo pacote de ajuda à Grécia.

Por outro lado, continua em causa a entrega da próxima tranche de ajuda financeira ao país, que está a criar cisões entre os países europeus e mesmo no seio da coligação governamental liderada por Angela Merkel. A chanceler alemã fará na sexta-feira um discurso aos membros do seu partido (os Conservadores da CDU), em que poderá abordar a política europeia e a crise da dívida.

Na ausência de destaques no calendário empresarial, as indicações sobre a evolução da conjuntura económica continuarão em foco esta semana. O índice de sentimento económico do instituto alemão ZEW é uma boa oportunidade para os investidores tomarem o pulso à confiança dos agentes económicos. O indicador será divulgado amanhã, pelas 10h00.

A destacar também a publicação do índice de confiança do consumidor europeu relativo ao mês de Setembro, na tarde de quinta-feira.

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