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Timor-Leste e África na agenda de Sócrates na cimeira europeia

O apoio da União Europeia a Timor-Leste e realização de uma Cimeira entre a Europa e África serão defendidos por José Sócrates na reunião de chefes de Estado e Governo que começa esta tarde e se prolonga pelo dia de amanhã em Bruxelas.

15 de Junho de 2006 às 15:55
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O apoio da União Europeia a Timor-Leste e realização de uma Cimeira entre a Europa e África serão defendidos por José Sócrates na reunião de chefes de Estado e Governo que começa esta tarde e se prolonga pelo dia de amanhã em Bruxelas.

«Nós queremos que, relativamente a Timor-Leste, haja um apoio da UE à acção que está a ser desenvolvida por alguns países que têm militares lá colocados», disse o primeiro-ministro português hoje, à chegada à capital belga. Lisboa pretende que a União aprove uma declaração política em que será feita uma «reafirmação de solidariedade e empenhamento» para com o governo de Timor-Leste.

Portugal, Nova Zelândia e Malásia enviaram forças militares e policiais para aquele país a fim de apoiar os esforços de estabilização actualmente em curso. Por outro lado, o primeiro-ministro, José Sócrates, o seu homólogo espanhol, José Luís Zapatero, e o presidente francês, Jacques Chirac, deverão renovar o apelo para que seja convocada a segunda cimeira União Europeia/África para o segundo semestre de 2007, durante a presidência portuguesa. Em carta enviada na passada sexta-feira ao presidente em exercício do Conselho Europeu, o primeiro-ministro austríaco, Wolfgang Schussel, os líderes de Governo de Portugal e de Espanha e o chefe de Estado francês consideram as relações com África «uma prioridade» da União Europeia.

Para José Sócrates é fundamental abrir o «diálogo político» ao mais alto nível entre os dois continentes para tratar, nomeadamente, os problemas criados com fluxos migratórios. Há um número crescente de africanos que tenta «saltar» para a Europa «rica», o que leva os líderes europeus a discutir a questão da luta contra a imigração ilegal.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão decidir prolongar o actual período de reflexão para encontrar uma solução para o impasse provocado pelo chumbo à Constituição Europeia.  «O que acho é que devemos tomar decisões de cautela, aprofundar a reflexão já feita, definir uma orientação para o futuro e trabalhar com as futuras presidências, entre as quais se inclui a portuguesa, para que a crise institucional possa ser resolvida», resumiu José Sócrates.

Os líderes europeus irão ainda salientar a sua intenção de aumentar a cooperação europeia em áreas como a Energia ou a Justiça enquanto a crise provocada pela rejeição do Tratado Constitucional pela França e Holanda há um ano não for ultrapassada.  Os 25 prevêem também aprovar uma série de declarações políticas - sobre o Médio Oriente, Iraque, Irão, Balcãs, África e Líbano. A anteceder a reunião de dois dias dos chefes de Estado e de Governo da UE, realizam-se mini-cimeiras das grandes famílias políticas europeias - populares, socialistas e liberais. José Sócrates chegou a Bruxelas ao fim da manhã para participar na reunião dos líderes socialistas europeus.

A Cimeira a 25 inicia-se às 17h15 (16h15 de Lisboa) com um encontro de meia hora com o presidente do Parlamento Europeu Josep Borrell.

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