A taxa de desemprego em Itália caiu em Julho para 9%, o valor mais baixo dos últimos 10 anos. A queda deve-se a uma maior contratação nos serviços e construção, o que compensou os despedimentos realizados no sector industrial.

Este valor é o mais baixo desde que o índice foi criado em 1992, segundo um relatório trimestral publicado hoje pelo Istat, o instituto de estatísticas italiano. Os economistas previam uma subida deste indicador para os 9,2% no trimestre findo em Julho.

Este valor, em termos homólogos e não ajustados sazonalmente, atingiu os 8,7%, valor que contrasta com os 9,2% registados em Abril passado.

A economia italiana, a quarta maior da Europa, cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre, mantendo a desaceleração iniciada no ano passado. Companhias como a Fiat, a maior empresa do sector industrial, estão a tentar voltar aos lucros aumentando o número de despedimentos.

O índice de confiança dos consumidores, desceu em Setembro para o valor mais baixo dos últimos cinco anos, segundo um estudo do Isae. Um terço do inquiridos no estudo espera um aumento do desemprego nos próximos meses.

Um outro índice sobre a evolução da economia desceu para 16 pontos negativos, uma descida de 10 pontos em relação ao valor anterior, sugerindo que os consumidores não acreditam numa retoma económica para breve.

As empresas de serviços contrataram mais 14.000 pessoas e as de construção mais 15.000 em relação ao primeiro trimestre.

Em relação ao resto da Europa, o desemprego tem vindo a subir. A taxa alemã subiu em Agosto para 9,9%, o valor mais alto dos últimos três anos. Em França, a taxa registou no mês passado o valor de 9,1%.