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Sócrates garante que último troço da CRIL será adjudicado em Novembro
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse hoje, na inauguração da última fase do eixo Norte-Sul, que o último troço da CRIL - Buraca-Pontinha - vai ser adjudicado em Novembro
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse hoje, na inauguração da última fase do eixo Norte-Sul, que o último troço da CRIL - Buraca-Pontinha - vai ser adjudicado em Novembro.
José Sócrates acrescentou que esta obra, a conclusão dos IC (Itinerário Complementar) 16 e 30 e o alargamento do IC 19 são as "quatro prioridades" do Governo nas acessibilidades à Área Metropolitana de Lisboa, a executar até 2010.
O governante considerou ser "verdadeiramente chocante para não dizer escandaloso" a demora da construção do último troço do eixo Norte-Sul, por se tratar de uma infra-estrutura em rede que ao ter sido deixada a meio prejudicou populações, desaproveitou sinergias e causou grandes prejuízos económicos.
Os IC 16 e 30 estarão concluídos em 2010, tal como a CRIL, enquanto o alargamento do IC 19 estará terminado em 2008, acrescentou.
O presidente da Estradas de Portugal (EP), António Laranjo, disse que a obra custou 73,6 milhões de euros, tendo este último troço custado 25 milhões de euros, a que acrescem os custos com expropriações, suportados pela Câmara Municipal de Lisboa.
A obra inaugurada hoje permite retirar 22.500 viaturas de Lisboa por dia na área da Segunda Circular a que acrescem 13.500 desviadas da zona Norte e Oeste.
Ao nível de impactos directos - acrescentou - a inauguração deste troço representa ainda a diminuição de 10.000 quilómetros percorridos por dia.
Segundo António Laranjo, outra das vantagens da conclusão do eixo Norte-Sul incide na ligação à rede rodoviária nacional em Sacavém e Camarate, permitindo uma diminuição de dois quilómetros de percurso e um ganho de 15 minutos de tempo.
Também presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, sublinhou a importância da conclusão do eixo Norte-Sul, alertando porém para o possível "efeito perverso" que a obra poderá ter, uma vez que pode descongestionar a Segunda Circular mas "a longo prazo" trazer mais trânsito para o interior da cidade e provocar novos congestionamentos.
Razão por que defendeu a necessidade da Área Metropolitana de Lisboa apostar numa rede de transportes públicos na área do urbano, metro e ferro-carril, em articulação entre autarquias e administração central, bem como a necessidade de a população criar redes de vizinhança, no sentido de que cada viatura não tenha apenas um ocupante, como forma de melhorar o trânsito na cidade.
Defendeu ainda a importância da criação da Autoridade Metropolitana de Transportes, sublinhando ter merecido o voto contra na última reunião da Junta Metropolitana de Lisboa.
A este respeito, José Sócrates manifestou a disponibilidade do Governo em encetar "negociações com os autarcas", uma vez que considera esta autoridade de transportes "essencial" para a Área Metropolitana de Lisboa