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Sócrates garante que último troço da CRIL será adjudicado em Novembro

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse hoje, na inauguração da última fase do eixo Norte-Sul, que o último troço da CRIL - Buraca-Pontinha - vai ser adjudicado em Novembro

10 de Outubro de 2007 às 12:49
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O primeiro-ministro, José Sócrates, disse hoje,  na inauguração da última fase do eixo Norte-Sul, que o último troço da CRIL  - Buraca-Pontinha - vai ser adjudicado em Novembro.  

José Sócrates acrescentou que esta obra, a conclusão dos IC (Itinerário  Complementar) 16 e 30 e o alargamento do IC 19 são as "quatro prioridades"  do Governo nas acessibilidades à Área Metropolitana de Lisboa, a executar  até 2010.  

O governante considerou ser "verdadeiramente chocante para não dizer  escandaloso" a demora da construção do último troço do eixo Norte-Sul, por  se tratar de uma infra-estrutura em rede que ao ter sido deixada a meio  prejudicou populações, desaproveitou sinergias e causou grandes prejuízos  económicos.  

Os IC 16 e 30 estarão concluídos em 2010, tal como a CRIL, enquanto  o alargamento do IC 19 estará terminado em 2008, acrescentou.  

O presidente da Estradas de Portugal (EP), António Laranjo,  disse que a obra custou 73,6 milhões de euros, tendo este último troço custado  25 milhões de euros, a que acrescem os custos com expropriações, suportados  pela Câmara Municipal de Lisboa.  

A obra inaugurada hoje permite retirar 22.500 viaturas de Lisboa por  dia na área da Segunda Circular a que acrescem 13.500 desviadas da zona  Norte e Oeste.  

Ao nível de impactos directos - acrescentou - a inauguração deste troço  representa ainda a diminuição de 10.000 quilómetros percorridos por dia. 

Segundo António Laranjo, outra das vantagens da conclusão do eixo Norte-Sul  incide na ligação à rede rodoviária nacional em Sacavém e Camarate, permitindo  uma diminuição de dois quilómetros de percurso e um ganho de 15 minutos  de tempo.  

Também presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, sublinhou a importância  da conclusão do eixo Norte-Sul, alertando porém para o possível "efeito  perverso" que a obra poderá ter, uma vez que pode descongestionar a Segunda  Circular mas "a longo prazo" trazer mais trânsito para o interior da cidade  e provocar novos congestionamentos.  

Razão por que defendeu a necessidade da Área Metropolitana de Lisboa  apostar numa rede de transportes públicos na área do urbano, metro e ferro-carril,  em articulação entre autarquias e administração central, bem como a necessidade  de a população criar redes de vizinhança, no sentido de que cada viatura  não tenha apenas um ocupante, como forma de melhorar o trânsito na cidade. 

Defendeu ainda a importância da criação da Autoridade Metropolitana  de Transportes, sublinhando ter merecido o voto contra na última reunião  da Junta Metropolitana de Lisboa.  

A este respeito, José Sócrates manifestou a disponibilidade do Governo  em encetar "negociações com os autarcas", uma vez que considera esta autoridade  de transportes "essencial" para a Área Metropolitana de Lisboa

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