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Só 11% dos empregadores portugueses são licenciados

Em Espanha, o número relativo de patrões com instrução superior era de 29% em 2009, acima de 27,6% registados na média da União Europeia.

29 de Março de 2011 às 13:50
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Em Portugal, o número de empregadores com nível de instrução inferior ao secundário é oito vezes mais alto do que o de licenciados. Em Espanha, a diferença não chega a metade. Na União Europeia, a distância fica-se por um ponto percentual com vantagem para quem tem ensino superior.

Nestes dados divulgados no estudo “A Península Ibérica em Números” relativos a 2009, cerca de 78,9% dos patrões portugueses têm a primária ou o secundário inferior (que se enquadra desde o 1º até ao 3º ciclo), enquanto 10,3% têm o secundário superior e outros 10,8% são licenciados.

Já em Espanha, há 29% de empregadores licenciados, 22,9% têm o ensino secundário e 48,1% têm uma qualificação inferior. Na média europeia, há 27,6% de licenciados, acima dos 26,6% de patrões com diplomas abaixo do secundário, sendo que os restantes 45,6% obtiveram o grau de ensino do secundário.

Em relação aos empregados portugueses, a percentagem de licenciados é um pouco maior: 18,1%, que compara com os 62,3% com ensino primário e secundário inferior e com os 19,6% com ensino superior.

Em Espanha, o número de funcionários com diploma do primário ou do ensino secundário inferior também é maior, embora numa percentagem muito mais baixa: 39%. Mesmo assim, este valor é superior aos 36,8% de licenciados e aos 24,3% com nível intermédio.

Este comportamento ibérico contraria a tendência da União Europeia a 27, onde os 28,6% dos funcionários que têm licenciatura superam os 21,3% com primária ou com ensino básico. Os restantes 49,9% têm um nível intermédio.

Açores é região ibérica com menor desemprego

Portugal e Espanha também contrariam a Europa na relação entre mulheres e homens no mercado de emprego. Na UE a 27, 8,9% dos desempregados são do sexo feminino, enquanto 9% são do sexo masculino. Mas, tanto em Portugal como em Espanha, há mais mulheres do que homens sem emprego, em termos relativos. Há dois anos, em Portugal, a taxa de desemprego feminino era de 10,3% face aos 18,4% no país vizinho, acima dos 9% e 17,7% de desemprego masculino, respectivamente.

Em relação a Espanha, Portugal consegue ficar melhor na fotografia no que diz respeito ao desemprego. Em 2009, o desemprego europeu estava nos 8,9% enquanto Espanha estava nos 18% e Portugal nos 9,6% (com valores mais altos nos anos seguinte).

Mas é em relação às regiões que Portugal se consegue destacar. Das seis regiões ibéricas com menor nível de desemprego, seis são portuguesas, onde os Açores, com 6,7%, se evidenciam. Só o Norte não lista neste grupo, estando colocado como a 9ª região com uma taxa de desemprego mais reduzida, marcando 11%. A taxa mais elevada regista-se nas Canárias, com 26,2%.

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