Notícia
Seguro contra "paixão pela austeridade" e interesses da Alemanha
"Aquilo que eu exijo é que o Governo do meu país não tenha a visão dos interesses da Alemanha, mas a visão dos interesses dos portugueses, e das empresas em Portugal", afirmou o líder do PS.
10 de Dezembro de 2011 às 20:57
O líder do PS, António José Seguro, afirmou hoje que o Governo português parece ter "uma paixão pela austeridade", e aconselhou a que os problemas do país se sobreponham aos interesses da "chancelarina" alemã Merkl.
"Aquilo que eu exijo é que o Governo do meu país não tenha a visão dos interesses da Alemanha, mas a visão dos interesses dos portugueses, e das empresas em Portugal", afirmou durante um almoço convívio do PS da Lousã.
António José Seguro disse ter poucas expectativas em relação ao Conselho Europeu deste fim-de-semana, por haver uma "dupla receita que se aplica, tanto na Europa como em Portugal, que é a da austeridade pela austeridade".
"Considero que a disciplina orçamental é muito importante, e que deve haver rigor na gestão das contas públicas, e que deve haver orçamentos equilibrados, mas considero que essa não deve ser exclusivamente a prioridade da União Europeia e dos Estados", sublinhou.
Na perspectiva do líder socialista, "a prioridade deve também dar lugar ao crescimento económico e ao emprego" nos Estados da União Europeia.
"E aquilo a que nós assistimos nas conclusões deste Conselho em Bruxelas foi precisamente líderes europeus que só se preocuparam com a disciplina orçamental e com sanções automáticas para os países ditos incumpridores", disse.
Para António José Seguro, a "responsabilidade desses líderes era de encontrar e tomar medidas que auxiliassem os países em dificuldade para saírem rapidamente da situação de incumprimento".
"A mesma receita é aplicada pelo Governo português. Há uma espécie de paixão como se através da austeridade nós conseguíssemos resolver os nossos problemas", salientou. Seguro quer partido a apoiar propostas do Governo, PCP e BE se responderem a problemas do país
O líder do PS afirmou ainda que quer o seu partido a apoiar as propostas do Governo, do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, se elas derem resposta a problemas dos portugueses.
Ao intervir hoje numa almoço convívio do PS da Lousã, assumiu que a política em Portugal "não tem sido jogada nestes termos", pois "muitas das vezes entende-se que estar na oposição é sempre estar contra o Governo" em funções.
"Não quero esta ideia para o Partido Socialista. O Partido Socialista não é um partido de protesto. Não é um partido que está sempre do contra", sublinhou.
No entendimento de António José Seguro, o PS "é um partido do Governo que está transitoriamente na oposição", e a sua responsabilidade passa por encarar os problemas dos portugueses e procurar soluções.
"Eu não tenho problema absolutamente nenhum de concordar com propostas por elas serem oriundas do Governo, ou por elas serem oriundas do Partido Comunista ou do Bloco de Esquerda", sustentou.
Quando o PS não concorda com as propostas que são apresentadas - afirmou - é sua responsabilidade apresentar propostas alternativas.
"Tanto se serve Portugal no Governo como se serve Portugal na oposição", observou.
Na sua perspectiva, o PS "não aceita a política feita em trincheiras", nem "a política do bota-abaixo".
"O Partido Socialista não aceita a política do dizer mal só porque não somos nós que estamos no Governo. A nossa responsabilidade é ajudar Portugal", concluiu.
A terminar a sua intervenção no almoço, António José Seguro disse aspirar a ser primeiro-ministro de Portugal, mas por "mérito próprio" do Partido Socialista, e não por "demérito do Governo" que está em funções.
"Aquilo que eu exijo é que o Governo do meu país não tenha a visão dos interesses da Alemanha, mas a visão dos interesses dos portugueses, e das empresas em Portugal", afirmou durante um almoço convívio do PS da Lousã.
António José Seguro disse ter poucas expectativas em relação ao Conselho Europeu deste fim-de-semana, por haver uma "dupla receita que se aplica, tanto na Europa como em Portugal, que é a da austeridade pela austeridade".
"Considero que a disciplina orçamental é muito importante, e que deve haver rigor na gestão das contas públicas, e que deve haver orçamentos equilibrados, mas considero que essa não deve ser exclusivamente a prioridade da União Europeia e dos Estados", sublinhou.
Na perspectiva do líder socialista, "a prioridade deve também dar lugar ao crescimento económico e ao emprego" nos Estados da União Europeia.
"E aquilo a que nós assistimos nas conclusões deste Conselho em Bruxelas foi precisamente líderes europeus que só se preocuparam com a disciplina orçamental e com sanções automáticas para os países ditos incumpridores", disse.
Para António José Seguro, a "responsabilidade desses líderes era de encontrar e tomar medidas que auxiliassem os países em dificuldade para saírem rapidamente da situação de incumprimento".
"A mesma receita é aplicada pelo Governo português. Há uma espécie de paixão como se através da austeridade nós conseguíssemos resolver os nossos problemas", salientou. Seguro quer partido a apoiar propostas do Governo, PCP e BE se responderem a problemas do país
O líder do PS afirmou ainda que quer o seu partido a apoiar as propostas do Governo, do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, se elas derem resposta a problemas dos portugueses.
Ao intervir hoje numa almoço convívio do PS da Lousã, assumiu que a política em Portugal "não tem sido jogada nestes termos", pois "muitas das vezes entende-se que estar na oposição é sempre estar contra o Governo" em funções.
No entendimento de António José Seguro, o PS "é um partido do Governo que está transitoriamente na oposição", e a sua responsabilidade passa por encarar os problemas dos portugueses e procurar soluções.
"Eu não tenho problema absolutamente nenhum de concordar com propostas por elas serem oriundas do Governo, ou por elas serem oriundas do Partido Comunista ou do Bloco de Esquerda", sustentou.
Quando o PS não concorda com as propostas que são apresentadas - afirmou - é sua responsabilidade apresentar propostas alternativas.
"Tanto se serve Portugal no Governo como se serve Portugal na oposição", observou.
Na sua perspectiva, o PS "não aceita a política feita em trincheiras", nem "a política do bota-abaixo".
"O Partido Socialista não aceita a política do dizer mal só porque não somos nós que estamos no Governo. A nossa responsabilidade é ajudar Portugal", concluiu.
A terminar a sua intervenção no almoço, António José Seguro disse aspirar a ser primeiro-ministro de Portugal, mas por "mérito próprio" do Partido Socialista, e não por "demérito do Governo" que está em funções.