Notícia
Seca: Algarve com poupança de 9,6% a 35% no consumo de água desde maio
Em maio, o Governo liderado por Luís Montenegro tinha aliviado as restrições impostas aos consumos de água na agricultura e no setor urbano no Algarve, inicialmente definidas em fevereiro pelo anterior executivo, liderado por António Costa, para fazer face à seca na região.
20 de Setembro de 2024 às 22:06
Os consumos de água no Algarve diminuíram desde maio entre 9,6% no setor urbano e 35% na agricultura, com a região a manter até final do ano as restrições definidas nesse mês, revelou esta sexta-feira a ministra do Ambiente.
"Todos fizeram um esforço, mas há alguns setores que cumpriram mais do que outros. O setor da agricultura foi o que fez o maior esforço", destacou aos jornalistas Graça Carvalho, após a reunião da Sub-comissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, realizada em Faro.
Em maio, o Governo liderado por Luís Montenegro tinha aliviado as restrições impostas aos consumos de água na agricultura e no setor urbano no Algarve, inicialmente definidas em fevereiro pelo anterior executivo, liderado por António Costa, para fazer face à seca na região.
"Ficou acordado que a agricultura e o turismo faziam um esforço de 13% de poupança de água. A agricultura fez de 35%, os aldeamentos e os empreendimentos que aderiram ao selo 'Save Water' pouparam 14%, o golfe fez um esforço grande, poupou 22%, e os municípios, que deveriam poupar 10%, ficaram em 9,6%", especificou a governante.
Graça Carvalho admitiu, porém, que "há uma desigualdade" entre municípios, acrescentando: "Há municípios que pouparam bastante e há outros que não pouparam, ficaram mais ou menos iguais".
Neste sentido, a ministra do Ambiente e Energia garantiu que, até final do ano, vão manter-se as restrições definidas em maio.
"Não há um agravamento porque, em média, conseguimos superar aquilo que queremos poupar e, portanto, podemos dizer: o Algarve, como um todo, poupou água acima do que aquilo que nós pretendíamos. Isso é muito bom. Estamos com 16 hectómetros cúbicos a mais do que no ano passado na mesma altura. Mas dizer que o ano passado foi um ano de uma seca muito rigorosa, e temos de continuar a fazer um grande esforço", assinalou.
O relatório final será efetuado no fim de 2024 e o Governo promete atuar se os municípios ou outros setores "continuarem a não poupar", ajustando as medidas em função dos gastos e da disponibilidade de água.
Além da poupança no consumo, a ministra realçou que é preciso "ter novas fontes de água" e sublinhou o conjunto de investimentos para o Algarve neste setor, orçado em 360 milhões de euros, com 260 milhões oriundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Graça Carvalho adiantou que o concurso de adjudicação da obra da estação de dessalinização, a construir no concelho de Albufeira, "já está na fase final", e que o financiamento a 100% pelo PRR será garantido se a obra for rapidamente executada.
"Se o projeto andar depressa, não haverá problema em ser todo financiado pelo PRR, porque nós precisamos de projetos que executem rápido. Se tudo correr bem, ele pode ser financiado 100% pelo PRR. Eu espero que essa seja a solução", referiu a ministra.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), António Miguel Pina, alertou em agosto que faltam 50 milhões de euros para financiar a obra da futura dessalinizadora, face ao apoio previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"A obra inicialmente tinha uma determinada perspetiva de valor e hoje, sabemos, ficará entre os 106, 108 milhões [de euros]. Foram as duas propostas apresentadas nessa ordem de valores, o que significa que faltam mais 50 milhões [de euros] para financiar a 100% este investimento", disse na altura o autarca.
Por outro lado, a ministra do Ambiente e Energia reunirá na próxima semana com a sua homóloga de Espanha, Teresa Ribera, para finalizar o acordo entre os dois países que permitirá o avanço da captação de água do rio Guadiana, na zona do Pomarão, concelho de Mértola, distrito de Beja, para abastecimento ao Algarve.
"Todos fizeram um esforço, mas há alguns setores que cumpriram mais do que outros. O setor da agricultura foi o que fez o maior esforço", destacou aos jornalistas Graça Carvalho, após a reunião da Sub-comissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, realizada em Faro.
"Ficou acordado que a agricultura e o turismo faziam um esforço de 13% de poupança de água. A agricultura fez de 35%, os aldeamentos e os empreendimentos que aderiram ao selo 'Save Water' pouparam 14%, o golfe fez um esforço grande, poupou 22%, e os municípios, que deveriam poupar 10%, ficaram em 9,6%", especificou a governante.
Graça Carvalho admitiu, porém, que "há uma desigualdade" entre municípios, acrescentando: "Há municípios que pouparam bastante e há outros que não pouparam, ficaram mais ou menos iguais".
Neste sentido, a ministra do Ambiente e Energia garantiu que, até final do ano, vão manter-se as restrições definidas em maio.
"Não há um agravamento porque, em média, conseguimos superar aquilo que queremos poupar e, portanto, podemos dizer: o Algarve, como um todo, poupou água acima do que aquilo que nós pretendíamos. Isso é muito bom. Estamos com 16 hectómetros cúbicos a mais do que no ano passado na mesma altura. Mas dizer que o ano passado foi um ano de uma seca muito rigorosa, e temos de continuar a fazer um grande esforço", assinalou.
O relatório final será efetuado no fim de 2024 e o Governo promete atuar se os municípios ou outros setores "continuarem a não poupar", ajustando as medidas em função dos gastos e da disponibilidade de água.
Além da poupança no consumo, a ministra realçou que é preciso "ter novas fontes de água" e sublinhou o conjunto de investimentos para o Algarve neste setor, orçado em 360 milhões de euros, com 260 milhões oriundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Graça Carvalho adiantou que o concurso de adjudicação da obra da estação de dessalinização, a construir no concelho de Albufeira, "já está na fase final", e que o financiamento a 100% pelo PRR será garantido se a obra for rapidamente executada.
"Se o projeto andar depressa, não haverá problema em ser todo financiado pelo PRR, porque nós precisamos de projetos que executem rápido. Se tudo correr bem, ele pode ser financiado 100% pelo PRR. Eu espero que essa seja a solução", referiu a ministra.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), António Miguel Pina, alertou em agosto que faltam 50 milhões de euros para financiar a obra da futura dessalinizadora, face ao apoio previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"A obra inicialmente tinha uma determinada perspetiva de valor e hoje, sabemos, ficará entre os 106, 108 milhões [de euros]. Foram as duas propostas apresentadas nessa ordem de valores, o que significa que faltam mais 50 milhões [de euros] para financiar a 100% este investimento", disse na altura o autarca.
Por outro lado, a ministra do Ambiente e Energia reunirá na próxima semana com a sua homóloga de Espanha, Teresa Ribera, para finalizar o acordo entre os dois países que permitirá o avanço da captação de água do rio Guadiana, na zona do Pomarão, concelho de Mértola, distrito de Beja, para abastecimento ao Algarve.