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Salários da função pública superam sector privado

Os salários da função pública em Portugal são «significativamente superiores» aos salários dos trabalhadores do sector privado, segundo um estudo publicado no Boletim Económico de Setembro do Banco de Portugal.

14 de Novembro de 2001 às 16:52
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Os salários da função pública em Portugal são «significativamente superiores» aos salários dos trabalhadores do sector privado, segundo um estudo publicado no Boletim Económico de Setembro do Banco de Portugal.

De acordo com o estudo desenvolvido por Pedro Portugal e Mário Centeno, do departamento de estudos económicos do Banco de Portugal, intitulado «Os Salários da Função Pública», «os salários dos funcionários públicos, em especial no caso das mulheres, são significativamente superiores aos salários dos trabalhadores do sector privados que são dotados de iguais qualificações».

O estudo, que se baseia em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) do primeiro trimestre de 1998 ao último trimestre de 2000, concluiu que o salário líquido médio do funcionário público masculino é de 3,97 (795 escudos) por hora, contra os 2,72 euros (545 escudos) por hora do sector privado.

No caso das mulheres, o diferencial é superior, com a mulher a auferir 4,16 euros (834 escudos) na função pública, enquanto no sector privado o salário horário líquido médio é de 2,29 euros (459 escudos).

Horário semanal da função pública inferior ao do sector privado

O horário semanal médio na função pública é de 37,1 horas para os homens e de 34,3 horas para as mulheres, enquanto no sector privado o horário é de 41,1 horas para os homens, e de 38 horas para a mulheres.

Despesas com pessoal da Administração Pública representam 15,1% do PIB português

As despesas com pessoal da Administração Pública representou em 2000, segundo a Comissão Europeia (CE), 15% do produto interno bruto (PIB) português, com este peso no PIB a ser apenas superado, entre os países da União Europeia, pela Dinamarca, que no mesmo período ascendeu aos 17,1%.

Portugal foi o país da UE onde o peso das despesas com pessoal da Administração Pública no PIB mais aumentou, crescendo de 13,8% em 1995 para os 15,1% em 2000, enquanto na Grécia o peso subiu de 11,3% para 11,7%, no mesmo período.

Segundo os dados da CE, Portugal e Grécia foram os únicos países da UE que aumentaram o peso das despesas com pessoal da Administração Pública sobre os respectivos PIB.

De acordo com a mesma fonte, o aumento do peso das despesas com pessoal da Administração Pública em Portugal deveu-se à «evolução do emprego na administração pública, educação e saúde, que observou uma variação líquida sem paralelo nos outros sectores» e ao «crescimento dos salários dos funcionários públicos a taxas superiores às do sector privado».

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