10.679 euros. Este era o valor mediano dos rendimentos líquidos dos portugueses em 2022, segundo dados revelados na passada quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Face ao ano anterior, os rendimentos líquidos - calculados pelo INE partindo do rendimento bruto declarado em sede de IRS e deduzido do imposto liquidado - aumentaram 5,4%. Nestes rendimentos são considerados os rendimentos do trabalho dependente, empresariais e profissionais, de capitais, prediais, incrementos patrimoniais e pensões.

Oeiras é o único município entre 298 - o INE não tem dados para 10 concelhos - onde o rendimento líquido mediano supera os 15 mil euros e, por consequência, ultrapassa os mil euros mensais (considerando 14 meses). Lisboa surge na segunda posição, mas com um valor de 13.809 euros, e Alcochete, com 12.874 euros, fecha o pódio.

No extremo oposto, o município de Resende, no distrito de Viseu, regista o valor mais baixo: 7.505 euros, menos de metade do valor do concelho de Oeiras.

Salvo algumas exceções, nomeadamente Évora, Beja ou Castro Verde, a grande maioria dos municípios onde os rendimentos líquidos medianos são mais elevados situam-se no litoral, em particular junto a grandes cidades, como Lisboa, Porto, Aveiro ou Leiria.