No dia em que o empréstimo a Portugal será aprovado pela Comissão Europeia, os juros da dívida pública nacional já quebraram, esta manhã, novos máximos. Por detrás deste novo agravamento das condições de financiamento da República portuguesa está, na opinião de João Lourenço, um risco renovado em relação aos países periféricos do Euro.

"Os mercados financeiros continuam a ser influenciados pelos riscos associados aos títulos de dívida pública de vários países europeus, em particular os que apresentam maiores dificuldades financeiras dentro da Zona Euro e que já motivaram a intervenção externa por parte do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.", explica o responsável de Equity Research do CaixaBI.

O risco associado aos países mais fragilizados pela crise da dívida soberana estará também a justificar o comportamento da moeda única, que caiu esta manhã para um mínimo de seis semanas. "O comportamento do Euro em nossa opinião está a reflectir as dificuldades financeiras que alguns países da Zona Euro apresentam.", justifica o responsável.

João Lourenço comenta ainda os resultados da Cimpor, divulgados esta manhã, que dão conta de um aumento dos lucros da cimenteira na ordem dos 27,2%, no 1º trimestre de 2011. "Os resultados da Cimpor foram caracterizados por um aumento das vendas de cimento e clinquer (+4.7% face ao período homologo), um crescimento do volume de negócios (+14.3% face ao período homologo), um crescimento do EBITDA (+15.4% YoY) e uma subida de 27.1% dos resultados líquidos, que se situaram nos EUR 57.9m. A estratégia de internacionalização seguida pela empresa, em particular para economias que apresentam taxas de crescimento mais significativas, permite colmatar o comportamento menos positivo que se verificam na Península Ibérica."