Notícia
"Questão da água é tão crítica como as alterações climáticas"
"O que fizemos pelas alterações climáticas em 2007, devemos fazer pela água e pelo desenvolvimento em 2008". Este foi o pedido deixado ontem por Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, em Davos.
"O que fizemos pelas alterações climáticas em 2007, devemos fazer pela água e pelo desenvolvimento em 2008". Este foi o pedido deixado ontem por Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, em Davos.
"Garantir água potável para todos é um dos maiores desafios que o mundo enfrenta hoje em dia", disse Ban Ki-moon. Perante uma plateia repleta de CEO internacionais, o secretário geral das Nações Unidas afirmou que a escassez de água potável representa um risco para o desenvolvimento económico, os direitos humanos, a saúde e a segurança.
"Encontrar uma solução para a questão da água é mais difícil do que para as alterações climáticas", defendeu Peter Brabeck-Letmathe, presidente executivo da Nestlé.
Os presentes concordaram que este problema pode ser resolvido, basta que exista vontade política, e que sejam melhorados os mecanismos de mercado e as tecnologias existentes, e apelaram a uma maior participação das empresas.
Ban Ki-moon criticou o facto de apenas uma pequena parte das mil empresas representadas em Davos terem participado no desafio lançado, há seis meses pela Nações Unidas. "Sentimo-nos frustrados por apenas 20 empresas terem decidido participar", afirmou Peter Brabeck-Letmathe.
Os presentes concordaram que nenhum individuo, empresa ou país pode escapar às consequências da escassez da água. Este recurso natural é desperdiçado porque não tem um valor económico, apesar de ser o recurso mais precioso de todos, disse Brabeck-Letmathe. "Se permitirmos que os mecanismos de mercado desempenhem um papel na definição do valor da água, estamos a dar um grande passo na resolução do problema", defendeu o CEO da Nestlé.