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Queda no consumo de combustíveis volta a abrandar em Abril
Os portugueses continuam a comprar menos combustíveis, mas a queda no consumo está a abrandar, sobretudo no gasóleo, revelam os dados hoje publicados pela Direcção Geral de Energia e Geologia.
Os portugueses continuam a comprar menos combustíveis, mas a queda no consumo está a abrandar, sobretudo no gasóleo, revelam os dados hoje publicados pela Direcção Geral de Energia e Geologia.
Nas estatísticas rápidas sobre petróleo, gás natural e carvão, referente a Abril, a DGGE refere que o consumo dos principais combustíveis no período de 12 meses terminado em Abril de 2007, quando comparado com o do ano móvel homólogo anterior, registou um decréscimo de 7%, sendo que o consumo de gás natural diminuiu 3,2%, o consumo do carvão decresceu 5,7% e o consumo dos produtos derivados do petróleo baixou 8,7%.
O consumo de combustíveis rodoviários desceu 3,2% nos 12 meses terminados em Abril, com a DGGE a assinalar que o ritmo de decréscimo é o menor dos últimos meses.
Até Março o consumo tinha descido 3,8% e até Fevereiro a queda era mais intensa (4%). Em Dezembro e Janeiro as descidas foram também superiores a 4%, pelo que o segundo trimestre deste ano está a ser marcado por uma recuperação no consumo, apesar dos preços dos combustíveis continuar a subir, devido à valorização do preço do petróleo nos mercados internacionais.
A DGGE salienta que o abrandamento na queda nota-se sobretudo no gasóleo, cujo consumo baixou 1,9%.
O consumo das gasolinas manteve uma descida maior ( 6,6% ), igual à referida o mês passado, sendo que a maior quebra ( 80% ) se verificou na gasolina aditivada, enquanto que os consumos das gasolinas sem chumbo 95 e 98 decresceram, respectivamente, 2,1% e 23%.
"Ainda no que concerne ao consumo dos gasóleos, para além da diminuição do consumo do gasóleo rodoviário (-1,9% ), houve neste período um decréscimo de 8,7% no consumo do gasóleo colorido destinado a aquecimento e uma baixa de 1,7% no gasóleo colorido não destinado a aquecimento", refere o relatório da DGGE.
As vendas de fuelóleo para o mercado interno mantêm um decréscimo acentuado, de 30,8%, sendo que a principal razão, "como se tem referido, seja a menor utilização deste combustível na produção de energia eléctrica (-60,7%)"
"A produção de energia eléctrica a partir das fontes de energia renováveis, e em especial da sua componente hídrica, tem vindo a crescer, facto que também explica, no período em análise, o menor consumo de gás natural e do carvão com esta finalidade em, respectivamente, 12% e 7%", adianta a mesma fonte.