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Quarenta mortos israelitas e mais de uma dúzia na palestina depois de ataque do Hamas

Pelo menos 40 pessoas morreram hoje e centenas ficaram feridas desde o início de uma ofensiva do Hamas contra Israel, segundo os serviços de socorro israelitas, enquanto jornalistas relatam mais de uma dúzia de mortos em Gaza.

Edifícios na Faixa de Gaza ardem na sequência dos ataques de Israel.
Reuters
07 de Outubro de 2023 às 15:02
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O serviço nacional de resgate de Israel disse que pelo menos 40 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas, tornando este o ataque mais mortal em Israel em anos.

Num comunicado de imprensa, a Magen David Adom, equivalente israelita da Cruz Vermelha, relatou também "centenas de feridos", enquanto o ministério da Saúde de Israel afirmou que foram 779 os feridos retirados para hospitais israelitas.

Segundo uma contagem da agência Associated Press (AP), baseada em declarações públicas e contactos com hospitais, pelo menos 77 destes feridos estavam em estado crítico.

Não houve comentários oficiais sobre as vítimas em Gaza, mas os repórteres da AP testemunharam os funerais de 15 pessoas mortas (seguindo a tradição islâmica de enterrar rapidamente os corpos) e viram outros oito cadáveres a chegar a um hospital local, sem ter sido possível identificar se se tratavam de combatentes ou civis.

Um jornalista da France Presse (AFP) viu oito corpos no necrotério do hospital Al-Chifa, em Gaza, e outro compareceu ao funeral de uma nona pessoa em Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza.

O Hamas, que governa de facto a Faixa de Gaza, realizou um ataque sem precedentes contra Israel na madrugada de hoje, disparando milhares de foguetes enquanto dezenas de combatentes se infiltravam em vários locais através da fronteira fortemente fortificada.

Pelo seu lado, Israel bombardeou pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, no início da sua operação "Espadas de Ferro", em resposta ao ataque surpresa palestiniano.

O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, na sua primeira intervenção pública após o múltiplo ataque deste grupo palestiniano, considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

"Estamos em guerra e vamos vencê-la", sublinhou Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita acrescentou que ordenou, "em primeiro lugar, que os militares limpassem as cidades onde se infiltraram militantes do Hamas, onde decorriam tiroteios com soldados israelitas.

As redes sociais estavam repletas de vídeos de combatentes do Hamas desfilando pelas ruas - no que pareciam ser veículos militares israelitas roubados - e de pelo menos um soldado israelita morto em Gaza a ser arrastado e espezinhado por uma multidão furiosa de palestinianos que gritava "Deus é grande".

Vídeos divulgados pelo Hamas pareciam mostrar pelo menos três israelitas capturados vivos, mas os militares recusaram-se a fornecer detalhes sobre vítimas.

As milícias de Gaza continuam a lançar foguetes e as sirenes de ataque aéreo não pararam de soar durante toda a manhã nas cidades do sul e centro de Israel, incluindo Telavive e Jerusalém.

Em Jerusalém, os civis deixaram as ruas desertas, muitos deles abrigaram-se em "bunkers", enquanto numerosas tropas patrulham e inspecionam minuciosamente as ruas, parques e estacionamentos de centros comerciais.

A ação do Hamas já foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

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