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PS acusa Executivo de falta de estratégia orçamental para conter défice

O PS criticou hoje o Governo por ter tomado uma medida para manter o défice abaixo dos 3% «na data limite para o fazer», acusando-o de não ter preparado uma estratégia orçamental, noticiou a agência Lusa.

23 de Dezembro de 2004 às 19:05
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O PS criticou hoje o Governo por ter tomado uma medida para manter o défice abaixo dos 3% «na data limite para o fazer», acusando-o de não ter preparado uma estratégia orçamental, noticiou a agência Lusa.

«Não foi devidamente preparada a obtenção de recursos», declarou à agência Lusa o porta-voz do secretário-geral do PS para os assuntos económicos, Manuel Pinho, acrescentando que a consolidação das finanças públicas exige «uma estratégia para atacar a questão».

A transferência de mais mil milhões de euros do fundo de pensões da Caixa Geral de Depósitos para a Caixa Geral de Aposentações é «uma medida simplesmente administrativa, ainda por cima tomada muito perto do fim do ano», criticou Manuel Pinho.

«Qualquer empresa, qualquer família, e, por maioria de razão, o Estado, não deve tomar decisões na data limite para o fazer», acrescentou, acusando o Governo de «criar uma situação de grande tensão a nível nacional em torno do cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC)».

«Que fique como lição para o futuro», afirmou o economista.

O porta-voz da direcção do PS para os assuntos económicos aproveitou para recordar que outro valor imposto pelo PEC – uma dívida pública inferior a 60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) – «já foi ultrapassado» pelo Governo.

«Esta medida tratou-se de uma cortina de fumo para tapar uma realidade: depois de três anos de obsessão pelo défice, este é superior ao que existia em 2001», bem como os valores «da despesa pública e da dívida pública», sublinhou Manuel Pinho.

Para o administrador do Banco Espírito Santo (BES), que integra o Conselho Económico do PS e também o Conselho Consultivo do Fórum «Novas Fronteiras», além de «uma boa estratégia orçamental», é também necessária «uma boa execução» para resolver o problema das contas públicas e ainda «uma estratégia para a retoma da economia».

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