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Procura por dinheiro na Europa é sinal de crise e não recuperação da economia

O ING diz que a subida da massa monetária na Zona Euro enganadora e afasta que o movimento signifique uma pressão inflacionista.

27 de Junho de 2020 às 17:00
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As empresas estão a aproveitar a oferta de dinheiro barato na Zona Euro mas ninguém fique a pensar que esta tendência vai alimentar uma recuperação robusta da economia, adverte o ING.

 

Os dados revelados esta sexta-feira dão conta do maior salto da última década na massa monetária. Nos bons tempos, tal significaria que as empresas estavam a contrair empréstimos para investir e que os consumidores estavam a gastar mais. Desta vez não.

 

"Seria errado ver nestes dados sinais de uma economia forte", escreveu o economista Peter Vanden Houte, do ING, num relatório. "Pelo contrário, devido à pandemia da covid-19, as empresas estão a recorrer a linhas de crédito para evitar uma crise de liquidez nos próximos meses".

 

 

Vanden Houte assinala ainda que as famílias, com receio de perder o emprego, também estão a aumentar as poupanças, o que se reflete no forte aumento dos montantes em depósitos bancários.

 

Quer isto dizer que são exagerados os receios que este aumento de liquidez se traduza numa subida da inflação, pelo menos para já. Alguns economistas defendem que a onda de estímulos monetários e orçamentais numa altura de constrangimentos nos fornecimentos de bens e serviços deverá impulsionar os preços mesmo que a economia permaneça em contração.

 

"Não se deixem enganar", escreveu Vanden Houte. "Grande parte deste aumento deve-se a dificuldades financeiras e poupanças por precaução. Daí que, a partir de agora, a informação sobre os agregados monetários será sempre ambígua e vai refletir fraqueza e não força" da economia.

 

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