Notícia
Privados fora da primeira fase do TGV
A concessão a grupos privados, em regime de parcerias público privadas, da operação do comboio de alta velocidade (TGV) está afastada numa primeira fase, defendeu hoje o ministro das Obras Públicas.
A concessão a grupos privados, em regime de parcerias público privadas, da operação do comboio de alta velocidade (TGV) está afastada numa primeira fase, defendeu hoje o ministro das Obras Públicas.
Carmona Rodrigues, hoje questionado pelos deputados da comissão parlamentar de Obras Públicas sobre o plano da rede de alta velocidade, disse que a ideia, para já, é que a exploração não seja objecto de concessão.
Numa primeira fase, as parcerias público privado deverão apenas limitar-se à concessão da infra-estrutura. Mais tarde, sublinhou, a concessão da operação pode ser equacionada.
O Governo está aguardar as propostas do segundo pacote ferroviário da Comissão Europeia, que vai enquadrar a liberalização do transporte ferroviário de passageiros, para definir melhor o modelo de concessão.
Por outro lado, lembra Carmona Rodrigues, a Espanha, que será parceria nos corredores ibéricos, está mais atrasada no processo de abertura da ferrovia. A operação da alta velocidade ferroviária é explorada pela operadora pública Renfe, tal como acontece aliás em França.
As operadoras públicas portuguesa e espanhola, CP e a Renfe, foram incumbidas de apresentar propostas para modelos de exploração do serviço até à próxima cimeira luso-espanhola, de acordo com uma das conclusões da cimeira da Figueira da Foz, lembrou o ministro que, no entanto, não esclareceu se está a ponderar a participação da empresa pública portuguesa na operação do TGV.
O projecto de alta velocidade está a despertar o interesse de muitos grupos privados que estão dispostos a participar no seu financiamento, frisou ainda Carmona Rodrigues, ao contrário do que terá sucedido com o anterior traçado em estudo, o T deitado que apostava numa ligação transversal única a Espanha, através de Cáceres.
Entre os grupos privados interessados no projecto do TGV, e que já terão feito propostas ao Governo e à RAVE – Rede de Alta Velocidade, estão o BES e os brasileiros da Odebrecht, a Somague, o BCP. A Brisa, que apresentou uma proposta à gestão integrada do projecto, admite vir a participar.