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Presidente Sarkozy empenhado em ajudar a resolver crise na selecção francesa

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, está empenhado em ajudar a solucionar a crise na selecção de futebol e convocou para hoje uma reunião com os responsáveis governamentais pelo desporto, encontrando-se na quinta feira com o avançado Thierry Henry.

23 de Junho de 2010 às 16:32
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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, está empenhado em ajudar a solucionar a crise na selecção de futebol e convocou para hoje uma reunião com os responsáveis governamentais pelo desporto, encontrando-se na quinta feira com o avançado Thierry Henry.

A hecatombe dos jogadores da selecção vice-campeã mundial na África do Sul [duas derrotas e um empate, um jogador expulso da equipa e indícios de motim dos jogadores contra responsáveis da federação e técnicos] foi um dos temas da agenda do conselho de ministros, no final do qual o porta-voz de Sarkozy anunciou a reunião entre os responsáveis governamentais e o chefe de Estado.

Na reunião, além de Sarkozy, vão estar o primeiro ministro, François Fillon, a ministra e a secretária de Estado do Desporto, Roselyne Bachelot e Rama Yade, respectivamente, devendo ser tomadas medidas e encontradas soluções para a crise na equipa.

"O governo quer ter tempo para decidir", disse o porta-voz governamental, Luc Chatel, acentuando que o executivo "deseja que as decisões sejam tomadas com tranquilidade e distanciamento".

O Palácio do Eliseu confirmou também que Sarkozy vai reunir-se na quinta feira de manhã com Thierry Henry, um dos capitães de equipa, campeão do Mundo em 1998 e máximo goleador da seleção francesa, a pedido do veterano e um dos símbolos da equipa.

"Thierry Hanry telefonou ao presidente desde a África do Sul para lhe dizer que gostaria de se encontrar com ele quando regressasse da África do Sul", anunciaram os serviços da presidência em comunicado, um dia depois de a selecção ser eliminada da prova.

Mais do que os resultados desportivos, a imprensa e responsáveis franceses criticaram a cascata de escândalos que foi atingindo a equipa.

Tudo começou com a expulsão de Nicolas Anelka da selecção [por insultos dirigidos ao treinador Raymond Domenech], prosseguiu com o motim dos jogadores [recusaram-se a fazer um treino como forma de protesto pela exclusão do companheiro] e terminou com uma enxurrada de críticas oriundas dos adeptos, classe política, meios de comunicação social e patrocinadores.

A ministra do Desporto já anunciou que os "autores pelo desastre" terão de "apresentar contas" pelo que aconteceu, acrescentando que "a selecção é um campo em ruínas, física, técnica e moralmente".

"Agora há que reconstruir tudo. É necessário que os autores do desastre, jogadores e responsáveis da federação, assumam as suas responsabilidades", disse.

Raymond Domenech vai ser agora substituído à frente da seleção por Laurent Blanc, decisão já conhecida antes do Mundial.



Os olhos estão agora concentrados no presidente da federação, Jean-Pierre Escalettes, o qual já comunicou não ter intenção de se demitir.


"Tenho sentimentos de consternação e vergonha, mas também não tenho o direito de abandonar um barco à deriva. Não há que juntar um drama a outro. Se tiver de abandonar o barco, fá-lo-ei quando o entender e o considerar necessário", disse Escalettes, após a eliminação da França, que integrou o grupo A, juntamente com a África do Sul, México e Uruguai. Os dois países americanos apuraram-se para os oitavos de final.

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