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Preços das casas estão a baixar há um ano

As empresas de mediação imobiliária começam a ter dificuldade em vender todas as casas que estão no mercado e os preços deixaram de subir e começam, lentamente, a cair.

09 de Janeiro de 2007 às 08:28
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As empresas de mediação imobiliária começam a ter dificuldade em vender todas as casas que estão no mercado e os preços deixaram de subir e começam, lentamente, a cair.

Segundo noticia o "Público", os vários indicadores do mercado convergem todos num sentido: acabaram os anos dourados do mercado de habitação, em que os preços subiam mensalmente e as gruas tomaram conta das paisagens da generalidade das cidades e subúrbios.

Os analistas que acompanham o segmento do mercado da habitação tinham-no antecipado: depois do crescimento explosivo do final dos anos 90, a crise no segmento ia instalar-se em Portugal.

Crise não apenas para o sector da construção, que vê o número de autorizações de obras a diminuir; mas também crise para as famílias que canalizam para o seu património imobiliário muito do seu orçamento familiar. As casas deixaram de se valorizar como acontecia no passado, como comprovam os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE): o valor médio da avaliação bancária de habitação tem vindo a descer pelo terceiro trimestre consecutivo, e no final do terceiro trimestre de 2006 tinha uma quebra homóloga de 1,2 por cento.


A avaliação feita pelos bancos no âmbito da concessão ao crédito da habitação acaba por ser um dos indicadores mais fiáveis para monitorizar a evolução do preço das casas. No último índice divulgado pelo INE, e que se reporta ao terceiro trimestre de 2006, o valor médio da avaliação bancária situou-se em 1217 euros por metro quadrado, o que corresponde a uma variação trimestral de -0,6 por cento e uma variação homóloga negativa de 1,2 por cento. Em termos de regiões, apenas Lisboa e Vale do Tejo registou, em termos trimestrais, uma variação positiva.


No início do ciclo de expansão do sector, dois terços das famílias portuguesas já eram proprietárias da sua habitação.

A facilidade do crédito e a agressividade da banca na oferta de produtos financeiros, bem como as necessidades de mobilidade, fizeram o resto: actualmente há mais casas à venda do que gente à procura delas, e só o facto de a habitação própria ser o principal destinatário da aplicação da poupança nacional impede que os preços baixem como acontece noutros mercados. O recurso intensivo ao crédito, e o número elevado de famílias endividadas, que hipotecaram as suas casas, acabou assim por ser um dos grandes condicionantes à movimentação de preços.

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