Os preços na produção industrial recuaram em julho, já pelo quarto mês consecutivo, com o índice produzido pelo INE a registar uma variação negativa de 6,7% face a igual mês do ano passado.

Desde há um ano que o índice que mede os preços à saída da fábrica em Portugal tem vindo a apresentar um perfil descendente, assinala nota estatística desta sexta-feira. E se inicialmente o fator de quebra dos preços de energia era o que mais justificava a tendência, o INE assinala agora que, sem o efeito do sector da energia, os preços de produção industrial se encontram agora estagnados face ao ano passado.

Em julho, no agrupamento de energia, o índice de preços caía 25,6%, com o contributo mais intenso para a quebra geral. Mas também na produção de bens intermédios se observa uma variação negativa de 4,9%, a dar o segundo maior contributo.

Em sentido oposto, porém, a produção de bens de consumo persistia com uma subida de 6,2%. Ainda assim, num abrandamento face aos 6,5% de crescimento em junho e 8,1% em maio.

Nos bens de investimento, regista-se ainda uma subida homóloga ligeira, de 0,6%, em aceleração face aos 0,4% de crescimento registados nos dois meses anteriores.

Em termos mensais, o índice de preços na produção industrial registou uma descida de 0,3%, mantendo também uma trajetória de reduções desde março deste ano.