Os dois primeiros-ministros de Portugal e Espanha, José Sócrates e José Luís Zapatero, comprometem-se não só a assumir o que estava acordado para o cumprimento do mercado ibérico da electricidade, mas também reforçar a integração dos mercados na área de energia, começando já a trabalhar na criação do mercado ibérico do gás natural.

A ideia de estender o mercado ibérico ao gás natural já tinha sido lançada na cimeira de Santiago de Compostela, pelo anterior Governo, liderado por Santana Lopes, sendo que esta tomada de decisão implica do lado português a antecipação da liberalização do gás natural.

O actual Governo já manifestou a intenção de antecipar a liberalização do gás natural, ainda que Portugal tenha uma derrogação para 2011 para o fazer. Apesar de ter assumido essa antecipação, o Governo não se comprometeu com qualquer data.

Questionado pelos jornalistas, o ministro da indústria espanhol José Montilla disse que do lado espanhol o processo da ratificação do acordo comprometido para o Mibel já está avançado pelo que em princípio acredita na manutenção da data de 1 de Julho.

Por sua vez o ministro da economia português, Manuel Pinho, disse que as entidades envolvidas no processo dos dois países, os operadores da rede (REN e RED), os reguladores (Erse e CNE) e os dois ministérios da economia vão começar a partir da próxima semana uma série de reuniões no sentido de acelerar todos os passos que faltam para que se possa avançar com o Mibel.

No entanto Manuel Pinho não foi claro quanto à manutenção da data de 1 de Julho para o arranque do Mibel, lembrando que não é num dia que se faz o mercado.

* Em Madrid