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Portugal teve quarta maior descida da UE no risco de pobreza e exclusão infantil em 2022

Dados do Eurostat revelam que, em comparação com o ano anterior, houve um ligeiro aumento no risco de pobreza e exclusão infantil a nível europeu. Roménia, Bulgária e Espanha são onde o risco é maior. Portugal teve, em contraciclo, a uma descida na percentagem de crianças afetadas.

Custo destas desvantagens iniciais para o Estado ronda os 0,8% do PIB.
Stefanie Loos/Reuters
27 de Setembro de 2023 às 11:11
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Um quarto das crianças na União Europeia (UE) estavam em 2022 em risco de pobreza ou exclusão social, revelam esta quarta-feira o Eurostat. Em comparação com o ano anterior, houve um ligeiro aumento no risco de pobreza e exclusão infantil a nível europeu, com Portugal a registar, em contraciclo, a quarta maior descida.

Os dados do Eurostat revelam que, em 2022, quase 20 milhões de crianças e jovens com menos de 18 anos estavam em risco de pobreza ou exclusão social. O número corresponde a 24,7% da população europeia com menos de 18 anos. Face a 2021, houve uma subida ligeira da percentagem a nível europeu, de 0,3 pontos percentuais.

Apesar do aumento a nível europeu, 18 dos 27 Estados-membros viram a percentagem de crianças e jovens em risco de pobreza e exclusão social diminuir. Foi o caso de Portugal, onde a taxa de crianças e jovens afetados diminuiu de 22,9% em 2021 (388 mil) para 20,7% (339 mil) em 2022.

A maior descida verificou-se no Luxemburgo (menos 5,4 pontos percentuais face a 2021), seguido pela Hungria (-5,2 pontos percentuais) e Grécia (-3,9 pontos percentuais).

Por outro lado, a Eslováquia foi o país onde o risco de pobreza e exclusão social infantil mais subiram entre 2021 e 2022 (mais 5 pontos percentuais). França (mais 4,6 pontos percentuais) e Finlândia (1,7 pontos percentuais) completam o top 3 dos países onde a percentagem de crianças afetadas pelo risco de pobreza e exclusão mais aumentou.

O Eurostat revela ainda que o risco de pobreza e exclusão social na UE foi mais elevado na Roménia (41,5%), Bulgária (33,9%) e Espanha (32,2%). Em sentido contrário, a Eslovénia (10,3%), a República Checa (13,4%) e Dinamarca (13,8%) registaram as percentagem mais baixas no ano passado.
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