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Portela condenada a prazo por razões ambientais

O ministro das Obras Públicas considera que a Portela, apoiada na utilização de bases militares em redor de Lisboa, designadamente Montijo e Alverca, não constitui uma solução alternativa que evite a necessidade de construir um novo aeroporto.

20 de Julho de 2005 às 15:47
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O ministro das Obras Públicas considera que a Portela, apoiada na utilização de bases militares em redor de Lisboa, designadamente Montijo e Alverca, não constitui uma solução alternativa que evite a necessidade de construir um novo aeroporto.

Para Mário Lino a Portela está condenada a prazo, dentro de 10 anos, não só por limitações de capacidade, mas também por razões ambientais, em especial relacionadas com o ruído.

Segundo o ministro, o actual aeroporto de Lisboa já viola a legislação comunitária de ruído, situação que afecta 50 mil pessoas. Em 2015, esta situação vai afectar 200 mil pessoas, pelo que o ministro admite que a Portela possa ser desqualificada como aeroporto europeu por razões ambientais.

Na comissão parlamentar de Economia e Finanças, onde se discutiu as Grandes Opções do Plano (GOP), Mário Lino reafirmou já estar decidido avançar com o novo aeroporto de Lisboa na Ota, depois de ter avaliado, «sem preconceitos», os estudos e dados disponíveis.

Tal como o TGV, o projecto da Ota vai ser avaliado e aprofundado nos próximos anos, mas é objectivo lançar e decidir nesta legislatura o concurso público para a sua construção e iniciar já obras de terraplanagens e expropriações.

O modelo de financiamento ainda está em aberto, sendo a privatização da ANA, prevista nos governos de António Guterres, uma das possibilidades. O investimento, ao contrário da alta velocidade, será maioritariamente privado.

O projecto mais detalhado sobre o novo aeroporto vai ser apresentado em Outubro deste ano.

Ainda a propósito das críticas aos grandes projectos de investimento, o ministro lembrou que existem verbas disponíveis na União Europeia para financiar o TGV e a Ota, que aliás estão inscritos em programas comunitários, e que Portugal deve aproveitar esta oportunidade para os realizar, já que, no futuro, a perspectiva será sempre de redução de verbas para o Fundo de Coesão.

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