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PIB nacional cresce 1,7% em 2001; Portugal escapa a recessão técnica
O PIB nacional avançou 1,7% no conjunto de 2001, abaixo dos 3,5% de 2000. No último trimestre do ano, a economia portuguesa cresceu face ao trimestre anterior, pelo que Portugal conseguiu escapar a uma recessão técnica, adiantou o INE.
«A taxa de variação em volume do PIB português foi de 1,7% no ano de 2001», um valor que representa um abrandamento face ao ano anterior, cujo crescimento do PIB foi revisto em alta dos 3,4% para os 3,5%, revelou hoje o INE.
No quarto trimestre do ano passado, a economia portuguesa cresceu 1% face ao período homólogo, mantendo a taxa de variação verificada nos três meses anteriores.
PIB do terceiro trimestre revisto em baixaO INE não adiantou qual a variação trimestral do PIB verificada entre Outubro e Dezembro últimos, tendo-se limitado a afirmar que esta «foi positiva».
A mesma fonte sublinhou que no terceiro trimestre de 2001, a queda do PIB face ao trimestre anterior foi revista para os 0,5%, quando a estimativa inicial apontava para uma redução menos acentuada, de 0,3%.
No entanto, tendo em conta que no último trimestre esta quebra não teve continuidade, a economia nacional escapou a uma recessão técnica, que sucede quando se verificam duas contracções trimestrais consecutivas.
Abrandamento da procura interna limita subida do PIB em 2001A desaceleração do PIB nacional no conjunto do ano passado esteve relacionada com o abrandamento da procura interna, «cujo efeito se sobrepôs ao contributo menos negativo da procura externa líquida», face aos valores de 2000, referiu o INE.
O consumo privado aumentou 0,8% em 2001, face à progressão de 2,5% registada no ano anterior, com esta evolução a ser «fortemente influenciada pela componente automóvel», que foi «bastante desfavorável».
O consumo de bens duradouros recuou 6% em termos homólogos, prejudicado pelo segmento automóvel, acrescentou a mesma fonte.
Relativamente à componente externa, o crescimento das impostações desacelerou até aos 0,9%, com o abrandamento das exportações a ser menor, uma vez que este indicador registou um incremento de 2,9% em 2001.
Investimento estagna em 2001O investimento, medido pela formação bruta de capital fixo (FBCF) manteve-se inalterado no último ano, uma evolução que contrasta com o crescimento de 3,6% verificado em 2000.
Em 2001, confirmaram-se «as tendências de abrandamento verificadas na despesa», com este indicador a aumentar 1,7%, face à subida de 3,5% verificada no período homólogo.
Por seu turno, a oferta aumentou 1,8%, tendo registado também uma desacaleração relativamente à progressão de 3,4% apresentada no ano 2000.