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PIB nacional cresce 1,7% em 2001; Portugal escapa a recessão técnica

O PIB nacional avançou 1,7% no conjunto de 2001, abaixo dos 3,5% de 2000. No último trimestre do ano, a economia portuguesa cresceu face ao trimestre anterior, pelo que Portugal conseguiu escapar a uma recessão técnica, adiantou o INE.

30 de Abril de 2002 às 11:00
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O produto interno bruto (PIB) nacional avançou 1,7% no conjunto de 2001. No último trimestre do ano, a economia portuguesa cresceu face ao trimestre anterior, pelo que Portugal conseguiu escapar a uma recessão técnica, adiantou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

«A taxa de variação em volume do PIB português foi de 1,7% no ano de 2001», um valor que representa um abrandamento face ao ano anterior, cujo crescimento do PIB foi revisto em alta dos 3,4% para os 3,5%, revelou hoje o INE.

No quarto trimestre do ano passado, a economia portuguesa cresceu 1% face ao período homólogo, mantendo a taxa de variação verificada nos três meses anteriores.

PIB do terceiro trimestre revisto em baixa

O INE não adiantou qual a variação trimestral do PIB verificada entre Outubro e Dezembro últimos, tendo-se limitado a afirmar que esta «foi positiva».

A mesma fonte sublinhou que no terceiro trimestre de 2001, a queda do PIB face ao trimestre anterior foi revista para os 0,5%, quando a estimativa inicial apontava para uma redução menos acentuada, de 0,3%.

No entanto, tendo em conta que no último trimestre esta quebra não teve continuidade, a economia nacional escapou a uma recessão técnica, que sucede quando se verificam duas contracções trimestrais consecutivas.

Abrandamento da procura interna limita subida do PIB em 2001

A desaceleração do PIB nacional no conjunto do ano passado esteve relacionada com o abrandamento da procura interna, «cujo efeito se sobrepôs ao contributo menos negativo da procura externa líquida», face aos valores de 2000, referiu o INE.

O consumo privado aumentou 0,8% em 2001, face à progressão de 2,5% registada no ano anterior, com esta evolução a ser «fortemente influenciada pela componente automóvel», que foi «bastante desfavorável».

O consumo de bens duradouros recuou 6% em termos homólogos, prejudicado pelo segmento automóvel, acrescentou a mesma fonte.

Relativamente à componente externa, o crescimento das impostações desacelerou até aos 0,9%, com o abrandamento das exportações a ser menor, uma vez que este indicador registou um incremento de 2,9% em 2001.

Investimento estagna em 2001

O investimento, medido pela formação bruta de capital fixo (FBCF) manteve-se inalterado no último ano, uma evolução que contrasta com o crescimento de 3,6% verificado em 2000.

Em 2001, confirmaram-se «as tendências de abrandamento verificadas na despesa», com este indicador a aumentar 1,7%, face à subida de 3,5% verificada no período homólogo.

Por seu turno, a oferta aumentou 1,8%, tendo registado também uma desacaleração relativamente à progressão de 3,4% apresentada no ano 2000.

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