Notícia
Pentágono alerta para "potencial catástrofe ambiental" no Mar Vermelho
O navio Sounion que carregava um milhão de barris de petróleo bruto foi atingido a semana passada pelos Houthis, apoiados pelo Irão, que travam uma guerra no Mar Vermelho desde novembro de 2023, em defesa da retirada de Israel e dos EUA da Faixa de Gaza.
Poderá ser o primeiro dano ambiental grave resultante da batalha travada no Mar Vermelho desde finais do ano passado. O alerta é dado pelo Pentágono, a unidade de defesa dos Estados Unidos, depois de na passada sexta-feira o navio Sounion, de bandeira grega, ter sido atingido após um ataque do grupo iemenita Houthi.
O petroleiro transportava mais de um milhão de barris de crude e acabou por criar uma fuga em grande escala após o incêndio que acabou por imobilizar o navio no Mar Vermelho. A operação Aspides da União Europeia resgatou os 29 tripulantes da embarcação no dia seguinte.
Agora, pode estar iminente uma "potencial catástrofe ambiental", avisa os EUA. O secretário de imprensa do Pentágono, Patrick Ryder, afirmou esta terça-feira que o navio, de 274 metros de comprimento, ainda está em chamas e a libertar petróleo, representando um "risco à navegação".
De acordo com o Financial Times, a proprietária Delta Tankers disse já ter tentando resgatar o navio, mas sem sucesso. A operação europeia Aspides relatou que havia, "pelo menos", cinco incêndios visíveis após a explosão, mas "nenhum sinal óbvio" de fugas de petróleo.
Este está a caminho de ser o terceiro navio que os Houthis conseguem afundar, depois do Rubymar e do Tutor, mas nenhum incidente anterior ameaçou causar danos ambientais de grande escala como este.
Recorde-se que o grupo iemenita alega estar a atacar navios com ligações a Israel, aos EUA e ao Reino Unido, em solidariedade com as palestinos na Faixa de Gaza.