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Pedrógão Grande: Arménio Carlos diz que é preciso pensar o país de forma diferente

O secretário-geral da CGTP, disse esta sexta-feira que é necessário pensar o país de forma diferente, sob pena de sermos confrontados com situações idênticas à que assolou Pedrógão Grande.

Miguel Baltazar
07 de Julho de 2017 às 19:48
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"Ao longo dos anos temos assistido à diferença entre o discurso e depois as medidas práticas para concretizar os objectivos. A tragédia de há duas semanas confirma que não podemos continuar sem apuramento de responsabilidades (...). De tragédia em tragédia se prometem soluções e depois tudo continua na mesma", afirmou.

 

Arménio Carlos, falava hoje em Castelo Branco, uma cidade situada no interior do país, onde se deslocou para inaugurar a nova Casa Sindical, recentemente adquirida e que irá concentrar a esmagadora maioria dos sindicatos afectos à CGTP.

 

"De uma vez por todas quem tem responsabilidade, o Governo e não só, que assuma a responsabilidade e tome medidas para que isto não se torne a repetir. Não podemos olhar para o lado e fingir que tudo correu bem. Correu muito mal. Houve desarticulação, falta de coordenação e insensibilidade política", frisou.

 

O líder da intersindical sublinhou que se trata de opções políticas para o país. "Temos que pensar o país de forma diferente sob pena de dentro de pouco tempo estarmos confrontados com situações idênticas", disse.

 

Arménio Carlos adiantou que o movimento sindical também tem responsabilidade acrescida nas reivindicações e na defesa do interior do país.

 

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de Junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

 

Estes fogos terão afectado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afectadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

 

Os prejuízos directos dos incêndios que começaram na região Centro no dia 17 de Junho, nomeadamente em Pedrógão Grande e Góis, ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

 

Os dados constam do relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro que foi apresentado às sete Câmaras afectadas pelos incêndios: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Sertã, Pampilhosa da Serra e Góis. 

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