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Pedro Marques: "Foi dado o 'pontapé de saída' para a estratégia de Portugal no pós-2020"

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, destacou a importância do encontro extraordinário do Conselho Económico e Social (CES) que hoje decorreu para o lançamento de uma estratégia para Portugal no período pós-2020.

Pedro Elias
12 de Setembro de 2017 às 21:01
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"Foi uma reunião muito boa. Foi dado o 'pontapé de saída' para a estratégia de Portugal no pós-2020", afirmou aos jornalistas Pedro Marques. O governante falava no final do plenário extraordinário do Conselho Económico Social (CES), reunião que foi solicitada pelo Governo e que se destinou a abrir o debate sobre o tema "Portugal pós 2020", que decorreu na sala do Senado na Assembleia da República (AR).

 

Pedro Marques vincou que "o CES reúne as forças económicas e sociais" do país e que no encontro de hoje, que começou pelas 15:00 e terminou pelas 18:00, foram discutidos vários assuntos, como a necessidade de a economia portuguesa aproximar-se mais da tendência global da digitalização.

 

Também foram lançadas reflexões sobre a aposta no desenvolvimento do potencial do interior do país e no desenvolvimento rural, adiantou.

 

"Hoje foi dado o 'pontapé de saída' e, agora, até ao final do ano, os temas vão ser aprofundados. Vamos produzir conhecimento para que haja um consenso alargado sobre qual deve ser a estratégia de Portugal para o período pós-2020", reforçou o ministro. Em causa está a negociação do futuro quadro comunitário e "é preciso saber o que Portugal quer" para negociar com mais força junto de Bruxelas, assinalou.

 

De resto, Pedro Marques afastou a ideia de que o executivo socialista esteja a desvalorizar o planeamento já feito pelo Governo anterior (PSD/CDS). "Continuamos a trabalhar. Estamos a implementar projectos, não estamos a rasgar o planeamento anterior", garantiu.

 

O objectivo do Governo liderado por António Costa é conseguir "consenso político para a próxima década" sobre a direcção que Portugal deve seguir, destacou o ministro. "Começámos hoje a construir esse consenso com os parceiros sociais e vamos construir com os partidos políticos", frisou.

 

Questionado pelos jornalistas sobre os avanços que o dossiê do novo aeroporto teve, Pedro Marques referiu que "não há muitas novidades" sobre o processo. "Estão a ser feitos os estudos ambientais e a ser analisadas as propostas técnicas da concessionária", afirmou, antecipando que vai haver uma "negociação dura" com a concessionária, a ANA.

 

"Fecharemos as negociações para o ano para avançar com o novo aeroporto em 2019", revelou, realçando que, caso se cumpram os prazos previstos, será conseguida uma antecipação significativa face ao calendário inicialmente desenhado para a construção do novo aeroporto de Lisboa.

 

O primeiro-ministro, António Costa, que participou nos trabalhos (que contaram com a presença de 56 membros do CES e de vários governantes) já tinha na sua intervenção de lançamento deste plenário considerado que é essencial que exista uma estratégia nacional que permita que Portugal tenha uma década de convergência com a União Europeia.

 

António Costa insistiu na aprovação formal por dois terços do Plano Nacional de Infraestruturas e defendeu a tese de que, sobretudo na sequência do "Brexit" (saída do Reino Unido da União Europeia) as negociações dos próximos quadros comunitários de apoio serão "mais exigentes". Por isso, segundo o líder do Executivo, Portugal tem de estar preparado para elas já em 2018, quando a Comissão Europeia lançar a discussão sobre os regulamentos.

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