Notícia
PCP e Bloco criticam redução de urgências e fecho de cuidados intensivos nos Covões em Coimbra
Comunistas e bloquistas criticam e questionam o Executivo acerca da redução das urgências e fecho de cuidados intensivos no Hospital dos Covões, em Coimbra.
08 de Abril de 2021 às 14:58
O PCP considerou hoje escandaloso a redução do horário noturno da urgência e o encerramento da unidade de cuidados intensivos do Hospital dos Covões, em Coimbra, por serem "indispensáveis para fazer cumprir o direito à saúde no distrito".
"É inaceitável que, à boleia da epidemia, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) encerre estes serviços e prive a população do que são serviços essenciais para a região e para o país", refere a estrutura regional de Coimbra, em comunicado.
Também o Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Governo sobre a existência de algum estudo que fundamente a redução do horário do serviço do Hospital dos Covões, integrado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Para o grupo parlamentar bloquista, que questionou o Ministério da Saúde através da Assembleia da República, trata-se de mais "uma decisão gravosa de desqualificação" daquela unidade, que foi o hospital de referência no distrito de Coimbra para o tratamento de infetados com o novo coronavírus no período pandémico.
"Em completa contramão com a escolha do Hospital dos Covões como unidade hospitalar de internamento de doentes com covid-19, uma tal decisão retoma a estratégia de desvalorização deste hospital, registada desde a sua integração no CHUC e traduzida no sucessivo encerramento de serviços de internamento em especialidades como Pneumologia, Alergologia, Cardiologia, Urologia, Ortopedia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular e Medicina Interna", refere a pergunta, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Para os comunistas, o serviço de urgência noturna, "que encerrou em 2012 (primeiro fruto envenenado da fusão do CHUC) e reabriu por via da pandemia, mostrou-se também indispensável antes e após o pico do surto epidémico".
A unidade de cuidados intensivos, que estava em funcionamento no período antes do surto epidémico, "é necessária e indispensável", acrescentam.
Segundo o PCP, "os sobrecarregados Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) serão, mais uma vez, o escape para o acelerado desmantelamento dos Covões".
"Como o PCP alertou, o processo de fusão dos Hospitais de Coimbra veio agravar os sobrecarregados serviços, degradar os serviços prestados, bem como as condições dos trabalhadores do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra", lê-se no comunicado.
Salientando que a reversão da fusão do CHUC é um processo urgente pelo qual "se tem batido e continuará a bater", o PCP entende que "não há qualquer justificação válida para o encerramento destes serviços, a não ser o favorecimento do negócio privado da doença que, como se tem constatado, tem prosperado nesta região".
Numa pergunta dirigida ao Governo, o partido questiona como "podem os já sobrecarregados HUC dar resposta aos cuidados intensivos e ao serviço de urgência necessários na região de Coimbra". "Num cenário de eventual agravamento do surto epidémico, como vai o CHUC agir perante o encerramento destes serviços?", interrogam ainda os comunistas.
A diminuição drástica de episódios de urgência no Hospital Geral dos Covões desde 2012 "teve como contrapartida a subida igualmente drástica destes episódios nos Hospitais da Universidade", constatam os parlamentares, referindo que "ambas as dinâmicas resultam em prejuízo da população".
"Tudo isso sem qualquer plano estratégico nem quaisquer estudos que justifiquem tecnicamente essas decisões da administração do CHUC, tomadas ao arrepio das equipas clínicas em causa e da comunidade diretamente servida pelo Hospital dos Covões", denuncia o BE.
A pergunta, subscrita pelos deputados José Manuel Pureza e Moisés Ferreira, salienta o "caricato e o risco da necessidade de transporte, ao final do dia, a preceder o encerramento do serviço de urgência nos Covões, dos doentes ali em atendimento e em observação, para os Hospitais da Universidade".
O Serviço de Urgência do Hospital dos Covões voltou a encerrar no período noturno, entre as 22:00 e as 09:00, confirmou à agência Lusa fonte do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
O gabinete de comunicação e imagem justificou a decisão com "a diminuição acentuada do movimento assistencial no Serviço de Urgência do polo Hospital Geral (Covões), por força do decréscimo da patologia respiratória".
"O conselho de administração do CHUC deliberou que o Serviço de Urgência regressa ao horário de atendimento em vigor antes da pandemia por SarsCov-2, entre as 09:00 e as 22:00, todos os dias da semana, a partir de 06 de abril de 2021".
Segundo a administração, o modelo de funcionamento será objeto de monitorização e "revertido de imediato em função de eventual evolução desfavorável da pandemia".
"É inaceitável que, à boleia da epidemia, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) encerre estes serviços e prive a população do que são serviços essenciais para a região e para o país", refere a estrutura regional de Coimbra, em comunicado.
Para o grupo parlamentar bloquista, que questionou o Ministério da Saúde através da Assembleia da República, trata-se de mais "uma decisão gravosa de desqualificação" daquela unidade, que foi o hospital de referência no distrito de Coimbra para o tratamento de infetados com o novo coronavírus no período pandémico.
"Em completa contramão com a escolha do Hospital dos Covões como unidade hospitalar de internamento de doentes com covid-19, uma tal decisão retoma a estratégia de desvalorização deste hospital, registada desde a sua integração no CHUC e traduzida no sucessivo encerramento de serviços de internamento em especialidades como Pneumologia, Alergologia, Cardiologia, Urologia, Ortopedia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular e Medicina Interna", refere a pergunta, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Para os comunistas, o serviço de urgência noturna, "que encerrou em 2012 (primeiro fruto envenenado da fusão do CHUC) e reabriu por via da pandemia, mostrou-se também indispensável antes e após o pico do surto epidémico".
A unidade de cuidados intensivos, que estava em funcionamento no período antes do surto epidémico, "é necessária e indispensável", acrescentam.
Segundo o PCP, "os sobrecarregados Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) serão, mais uma vez, o escape para o acelerado desmantelamento dos Covões".
"Como o PCP alertou, o processo de fusão dos Hospitais de Coimbra veio agravar os sobrecarregados serviços, degradar os serviços prestados, bem como as condições dos trabalhadores do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra", lê-se no comunicado.
Salientando que a reversão da fusão do CHUC é um processo urgente pelo qual "se tem batido e continuará a bater", o PCP entende que "não há qualquer justificação válida para o encerramento destes serviços, a não ser o favorecimento do negócio privado da doença que, como se tem constatado, tem prosperado nesta região".
Numa pergunta dirigida ao Governo, o partido questiona como "podem os já sobrecarregados HUC dar resposta aos cuidados intensivos e ao serviço de urgência necessários na região de Coimbra". "Num cenário de eventual agravamento do surto epidémico, como vai o CHUC agir perante o encerramento destes serviços?", interrogam ainda os comunistas.
A diminuição drástica de episódios de urgência no Hospital Geral dos Covões desde 2012 "teve como contrapartida a subida igualmente drástica destes episódios nos Hospitais da Universidade", constatam os parlamentares, referindo que "ambas as dinâmicas resultam em prejuízo da população".
"Tudo isso sem qualquer plano estratégico nem quaisquer estudos que justifiquem tecnicamente essas decisões da administração do CHUC, tomadas ao arrepio das equipas clínicas em causa e da comunidade diretamente servida pelo Hospital dos Covões", denuncia o BE.
A pergunta, subscrita pelos deputados José Manuel Pureza e Moisés Ferreira, salienta o "caricato e o risco da necessidade de transporte, ao final do dia, a preceder o encerramento do serviço de urgência nos Covões, dos doentes ali em atendimento e em observação, para os Hospitais da Universidade".
O Serviço de Urgência do Hospital dos Covões voltou a encerrar no período noturno, entre as 22:00 e as 09:00, confirmou à agência Lusa fonte do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
O gabinete de comunicação e imagem justificou a decisão com "a diminuição acentuada do movimento assistencial no Serviço de Urgência do polo Hospital Geral (Covões), por força do decréscimo da patologia respiratória".
"O conselho de administração do CHUC deliberou que o Serviço de Urgência regressa ao horário de atendimento em vigor antes da pandemia por SarsCov-2, entre as 09:00 e as 22:00, todos os dias da semana, a partir de 06 de abril de 2021".
Segundo a administração, o modelo de funcionamento será objeto de monitorização e "revertido de imediato em função de eventual evolução desfavorável da pandemia".