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PC Chinês reconhece "dificuldades" e aponta medidas para apoiar economia

Face ao primeiro trimestre do ano, a economia cresceu apenas 0,8%, sugerindo um abrandamento na recuperação, após Pequim ter desmantelado a política de 'zero casos' de covid-19.

O Presidente chinês, Xi Jinping, está pressionado pelo desempenho modesto da economia.
Tingshu Wang/Reuters
24 de Julho de 2023 às 13:04
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A liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) reconheceu esta segunda-feira que a recuperação económica do país enfrenta "novas dificuldades e riscos" e sugeriu que vai adotar medidas para apoiar o crescimento na segunda metade do ano.

Durante um encontro conduzido pelo secretário-geral do PCC e Presidente do país, Xi Jinping, o Politburo do Partido reconheceu "dificuldades" no "atual funcionamento" da economia, após o país ter anunciado, na semana passada, que o PIB (produto interno bruto) registou um crescimento homólogo de 6,3%, no segundo trimestre do ano, aquém das expectativas dos analistas, já que o efeito base de comparação, após um ano de bloqueios rigorosos, fazia prever uma taxa superior.

Face ao primeiro trimestre do ano, a economia cresceu apenas 0,8%, sugerindo um abrandamento na recuperação, após Pequim ter desmantelado a política de 'zero casos' de covid-19.

No mês passado, a taxa de desemprego entre os jovens com idades entre 16 e 24 anos também atingiu um novo recorde, de 21,3%, segundo dados oficiais.

Os líderes chineses tradicionalmente reúnem-se no final de julho para analisar a situação económica do país antes das férias de verão.

A China definiu como meta um crescimento de "cerca de 5%" para este ano, valor que pode ser difícil de alcançar, alertou o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

"Devemos realizar uma regulação macroeconómica forte e precisa, tomar medidas anticíclicas e ter mais políticas disponíveis sobre a mesa", indicou a ata da reunião, citada pela agência noticiosa oficial Xinhua.

O Politburo reconheceu que a procura interna permanece "insuficiente" e que há "dificuldades nas operações de algumas empresas, riscos e perigos ocultos em áreas-chave e um ambiente externo sombrio e complexo".

"Devemos adotar uma política fiscal e monetária proativa e prudente, mas também otimizar a implementação de cortes nos impostos ou aproveitar ao máximo o papel de ferramentas monetárias quantitativas e estruturais", acrescentou a mesma nota.

Xi Jinping pediu esforços para "expandir a procura doméstica, aumentar a confiança e prevenir riscos".

Destacou também que o Partido Comunista deve "atender às expectativas sociais" e "ampliar adequadamente a produção económica" do país.

O Polibturo prometeu dar "forte apoio" à inovação científica e tecnológica, à economia real e ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas.

O PCC também garantiu que vai manter a taxa de câmbio do yuan, a moeda do país, "geralmente estável e num nível adequado e equilibrado", e prometeu "esforços para revigorar o mercado de capitais e aumentar a confiança dos investidores".

No mesmo dia, o órgão máximo de planeamento económico do governo chinês anunciou um plano para atrair capital privado para projetos de infraestrutura em "setores-chave", como parte de uma série de iniciativas que as autoridades divulgaram nos últimos dias para tentar reanimar a recuperação pós - pandemia.

A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento visa especificamente setores como os transportes, a conservação dos recursos hídricos, as energias limpas, as novas infraestruturas, o setor transformador ou a modernização da agricultura.
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