Notícia
Paulo Sande já teve alta do hospital e aponta cansaço como possível causa do acidente
O cabeça de lista da Aliança às eleições europeias, Paulo Sande, já saiu dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde deu entrada esta tarde na sequência de um acidente rodoviário, tendo admitido o cansaço como uma possível causa.
O líder do partido e o cabeça de lista às europeias sofreram hoje um acidente de viação, na autoestrada 1 (A1), quando seguiam de Coimbra para Cascais, "em ações de campanha", dá conta o partido numa nota enviada esta noite aos jornalistas.
Santana foi helitransportado para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), depois de ter sido desencarcerado do carro pelos bombeiros, enquanto Paulo Sande saiu da viatura pelo próprio pé e seguiu de ambulância para aquela unidade hospitalar.
O acidente ocorreu pouco antes das 17:30, ao quilómetro 136 da A1 (no sentido norte-sul).
A autoestrada esteve cortada ao trânsito nos dois sentidos, entre as 18:30 e as 19:27, para o helicóptero aterrar e levantar.
À saída do hospital e com a camisa manchada de sangue, Paulo Sande disse aos jornalistas, pelas 22:15, que ele e Santana Lopes estiveram "a fazer exames".
"Despistaram tudo o possível e, aparentemente, está tudo bem", afirmou, notando que "no final disto tudo, não passou de um grande susto".
Apesar de o candidato ter tido alta, "Pedro Santana Lopes continua no hospital", uma vez que, segundo Paulo Sande, "está mais dorido", mas o cabeça de lista espera que o líder do partido "também saia ainda hoje".
Segundo fonte oficial do partido, Pedro Santana Lopes ainda não sairá hoje do hospital, onde vai ficar pelo menos esta noite, em vigilância.
Apesar de o acidente ter sido "de grande aparato, de grande impacto", o primeiro candidato da Aliança adiantou que, por precaução, foram os dois passageiros foram imobilizados.
Questionado sobre o que terá provocado o acidente, o candidato a eurodeputado admitiu que possa "ter sido fadiga", uma vez que "esta campanha tem sido muito, muito, muito, cansativa".
"Hoje levantámo-nos às cinco da manhã nos Açores, e depois o dia inteiro de grande pressão que temos, sobretudo na sequência de muitos dias em que isto está a ser feito, este tipo de vida, este ritmo, esta pressão, acaba por gastar as pessoas, e é normal que tenha havido, é possível, mas não sei", salientou.
De acordo com o testemunho de Sande, era Santana Lopes que conduzia o carro e, explicou, "de repente, foi como se o tempo se tivesse suspendido e o carro saiu da estrada".
"Aparentemente demos uma ou duas cambalhotas", acrescentou, referindo que os 'airbags' "não dispararam".
Mas, considerou o candidato, "Santana Lopes quando sair poderá dizer o que se passou", reforçando que "poderá ter sido um momento de cansaço".
Apesar de ter admitido que seguiam "depressa para chegar a Cascais", onde tinham outra ação de campanha, Paulo Sande indicou que o carro "não iria a muito mais de 120 quilómetros por hora".
"Se fôssemos muito mais depressa, teria tido [mais consequências", advogou.
Paulo Sande adiantou também já ter falado com o presidente do partido, não sobre as causas do acidente, mas sim "sobre o susto" e "sobre a sorte" que tiveram.
Aos jornalistas, Paulo Sande disse que agora vai, provavelmente, "descansar algum tempo", mas que quer "voltar à estrada rapidamente" porque "a campanha vai continuar". "Amanhã de certeza que não faremos campanha, não é possível, mas rapidamente vamos retomar", estimou.
Entretanto, a ministra da Saúde, Marta Temido, marcou presença no hospital.
Numa nota divulgada esta noite, praticamente ao mesmo tempo que Paulo Sande falava aos jornalistas, o hospital dava conta de que os dois "estão estáveis" e que permaneciam na urgência, "aguardando ainda resultados de exames complementares de diagnóstico".