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Patrões e sindicatos consideram que semana de quatro dias não é prioridade

Na segunda-feira, o primeiro-ministro acenou com possíveis mexidas nos tempos de trabalho, apontando para a possibilidade de uma semana de quatro dias de trabalho, mas sem apontar qualquer calendário e atirando a questão para a discussão em concertação social.

Miguel Baltazar
05 de Janeiro de 2022 às 07:34
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Sindicatos e patrões têm posições diferentes em relação a uma possível semana laboral de quatro dias, mas concordam que não é uma prioridade no país. O debate foi lançado depois de António Costa ter incluído a semana laboral mais curta e o aumento do salário mínimo nacional para 900 euros nas linhas estratégicas prioritárias do PS para a próxima legislatura.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro acenou com possíveis mexidas nos tempos de trabalho, apontando para a possibilidade de uma semana de quatro dias de trabalho, mas sem apontar qualquer calendário e atirando a questão para a discussão em concertação social.
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) António Saraiva critica a posição, em declarações ao Público, dizendo que "prometer e lançar ideias para o ar é fácil", mas que o "difícil é encontrar formas de o concretizar".

António Saraiva sublinha ainda ter dificuldade em perceber como é que o Governo "diz que não há condições para aumentar os salários da Função Pública mais do que 0,9% porque os indicadores macroeconómicos – citando a ministra da Administração Pública – não o permitem" e espera que nos próximos quatro anos "esses factores macroeconómicos se alterem tão substancialmente" que permitam ajustes salariais de 20%.
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