Notícia
Passos Coelho acusa Governo de subir pensões e não pagar a hospitais e bombeiros
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje o Governo de aumentar as pensões a pensar nos votos em vésperas de eleições e ficar a dever aos bombeiros e deixar os hospitais sem especialistas.
"O Governo este ano, em vésperas de eleições, escolheu aumentar um bocadinho as pensões a pensar nos votos, evidentemente, mas não teve o dinheiro que era necessário para poder pagar a especialistas que pudessem, nos hospitais, resolver os problemas que estão por resolver, nem teve o dinheiro que era necessário para pagar aos bombeiros o transporte de doentes, que o Ministério da Saúde não paga", acusou o presidente do PSD, pedro Passos Coelho.
O líder social-democrata falava, em Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, na apresentação do candidato à Câmara local, Vitor Bebiano, que encabeça a lista da coligação PSD/CDS-PP.
Passou Coelho considerou que neste concelho transmontano "sente-se em particular" o que classificou da "ilusão" que o Governo socialista cria nas pessoas "de que os problemas não existem".
"Como são os socialistas a governar, as dificuldades já não existem e está tudo bem. Pode-se ficar a dever aos bombeiros, pode não haver os especialistas nos hospitais, podem as cirurgias não ser feitas, desde que não seja o PSD e o CDS-PP a governar, o Serviço Nacional de Saúde está bem, não há problema", declarou.
Passos avisou os socialistas, que são também poder no concelho de Alfândega da Fé, onde discursava, de a demagogia faz perder "um bocadinho a noção de realidade".
"Podem andar muitos satisfeitos com as sondagens, mas poderão vir a ter a mesma surpresa que outros tiveram em eleições quando se ficaram a olhar para as sondagens", afirmou.
O líder do PSD insistiu que "não basta ter escolas e hospitais se não estiverem lá os profissionais necessários e se as pessoas tiverem que aguardar um ano, dois anos, três anos, pela consulta de especialidade, se não tiverem a oportunidade de terem a cirurgia que é necessária no tempo útil".
"Podemos encher os discursos com palavras muito bonitas, dizer que conversamos com toda a gente, mas o que vemos é que os problemas se não resolvem, pelo contrário", continuou.
A vice-presidente do CDS-PP, Cecília Meireles, participou também na apresentação do candidato autárquico em Alfândega da Fé, onde falou de proximidade para criticar também o Governo do PS.
"Para mim é incompreensível nós termos governantes, e designadamente um primeiro-ministro que faz muitas perguntas, que certamente pede muitas explicações, mas que nunca as dá, nunca dá respostas, nunca dá explicações e nunca assume as responsabilidades", declarou.
Proximidade é, para a dirigente do CDS-PP, "cada vez que um cidadão faz uma pergunta, ter respostas para assumir, não é desculpar-se com os serviços".