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Partido de Merkel com derrota histórica nas eleições regionais na Alemanha

Nas eleições regionais de Baden-Württemberg e da Renânia-Palatinado, este domingo, a CDU de Angela Merkel teve os seus piores resultados desde a Segunda Guerra Mundial.

A chanceler alemã, Angela Merkel, tem pedido prudência na reabertura.
Omer Bessing/EPA
14 de Março de 2021 às 18:16
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O partido da chanceler alemã Angela Merkel sofreu uma pesada derrota em duas eleições regionais na Alemanha, tendo registado os resultados mais fracos desde a Segunda Guerra Mundial.

No estado ocidental de Baden-Wuerttemberg, a União Democrática Cristã (CDU) conseguiu 23% dos votos - uma descida de quatro pontos percentuais face à última eleição em 2016 – ficando no segundo lugar. Os verdes, liderados por Winfried Kretschmann, consolidaram a sua posição de uma década no poder com a terceira vitória consecutiva, com 31% dos votos, mais 0,7 pontos do que há cinco anos.

Na vizinha Renânia-Palatinado, a CDU também ficou na segunda posição, com 26% dos votos, uma queda de 5,8 pontos face a 2016. Os sociais-democratas, que governam o estado em coligação com os verdes e o Partido Democrático Liberal, perderam terreno, mas mantiveram a liderança com 34,5% dos votos, menos 1,7 pontos em relação às últimas eleições.

As duas eleições deste domingo, realizadas sob apertadas regras de distanciamento, deram aos eleitores a primeira oportunidade de expressarem o seu descontentamento nas urnas com a estratégia do governo para combater a pandemia e com o ritmo da vacinação no país.

A seis meses das eleições federais de setembro, que serão as primeiras sem Merkel desde 2005, a CDU reconhece que a frustração dos eleitores com as medidas de restrição e as acusações de que alguns conservadores terão lucrado com a pandemia pesaram no desempenho do partido.

"Vemos que a frustração e a falta de compreensão estão a aumentar entre os cidadãos em relação à gestão da crise do coronavírus", disse o secretário-geral da CDU, Paul Ziemiak, em declarações aos jornalistas, em Berlim, citadas pela Bloomberg.

 


(Notícia em atualização)

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