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Papa cria comissão para supervisionar Banco do Vaticano

O Papa quer garantir que o Instituto para as Obras Religiosas trabalha em harmonia com a missão da Igreja de Roma. A comissão terá acesso a todos os documentos, dados e informações do banco da Torre Nicolau V.

Reuters/Dylan Martinez
Negócios 26 de Junho de 2013 às 16:23
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O Papa Francisco criou uma comissão especial de supervisão ao Instituto para as Obras Religiosas (IOR) que deve iniciar os seus trabalhos por estes dias, anunciou o Vaticano, quarta-feira, refere a agência Ecclesia.

 

A comissão terá como função assegurar que o banco da Torre Nicolau V opera em “harmonia” com a missão da Igreja de Roma, escreve a BBC. Francisco quererá garantir que o banco do Vaticano não é utilizado para branqueamento de capitais ou financiamento de actividades ilícitas. Conhecer actividade do IOR antes de tomar decisões quanto a eventuais reformas será outro dos objectivos da medida, refere a Ecclesia.

 

Na presidência da comissão estará o Cardeal Raffaele Farina a que se juntam mais três clérigos – o cardeal Jean-Louis Taura, o bispo Juan Ignacio Arrieta Ochoa e o padre Peter Bryan Wells – e uma leiga, Mary Ann Glendon. Professora em Harvard, Glendon ocupou já o cargo de embaixadora dos Estados Unidos no Vaticano.

 

À comissão, o Papa concedeu total acesso a documentos, dados e informações do IOR. Assim, “o sigilo e quaisquer outras restrições estabelecidas pelo sistema legal” não afectarão os trabalhos da comissão.

 

Terminados os trabalhos, a comissão deve entregar de imediato um relatório a Francisco, com as suas conclusões.

 

Esta é a segunda medida implementada pelo novo Papa, que envolve o banco da Santa Sé. Em Junho, o chefe da Igreja Católica nomeou o Monsenhor Mario Salvatore Ricca “prelado” interino no Banco, ou seja, seu representante no IOR. O “prelado” reporta à comissão de cardeais que supervisiona o banco, marca presença nas reuniões do conselho de administração e tem acesso às suas actividades financeiras, explica a Reuters. O lugar esteve vazio desde 2011, lembra a agência britânica.

 

O IOR é presidido por Ernst von Freyberg, nomeado pelo anterior Papa Bento XVI que levou a cabo várias medidas, numa tentativa de pôr fim aos escândalos financeiros que envolvem a instituição desde a sua origem.

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