Notícia
OMC diz que divisão do mundo em blocos pode tirar 5% ao PIB do planeta
A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) inaugurou a conferência ministerial da organização, avisando que uma nova divisão entre blocos mundiais, devido à guerra na Ucrânia, pode tirar 5% ao PIB mundial.
12 de Junho de 2022 às 19:05
Se as atuais tensões geopolíticas decorrentes da guerra na Ucrânia levarem o mundo a uma nova divisão em blocos, "isso pode gerar uma descida de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) mundial", vincou Okonjo-Iweala, lembrando que na crise financeira de 2008 e 2009 houve uma recessão de 3,5% do PIB nos países desenvolvidos.
A líder da OMC, entidade que hoje e segunda-feira reúne a conferência ministerial, vincou que "a este cálculo há que acrescentar as perdas derivadas da redução das economias de escala, os custos de transição para as empresas e trabalhadores, a realocação de recursos e as barreiras regulatórias que cada bloco iria impor", além das tensões sociais e migratórias.
A diretora-geral nigeriana, a primeira mulher a dirigir a OMC, lançou esta advertência no primeiro dos quatro dias de negociações em Genebra sobre questões comerciais importantes, como a eliminação dos subsídios que promovem a pesca prejudicial, a suspensão das patentes sobre as vacinas contra a covid-19 e as medidas para aliviar a crise alimentar mundial desencadeada pela guerra na Ucrânia.
De acordo com a agência Efe, um dos grandes desafios da OMC é a necessidade de uma aprovação por unanimidade nos votos que são levados ao plenário, o que na prática significa que qualquer país pode paralisar as decisões da organização.
No contexto, a principal preocupação será a postura da Rússia nas negociações e, depois, nas votações.
Perante estes desafios, Okonjo-Iweala pediu a todas as delegações para se esforçarem nas negociações, que vão decorrer "num momento de grande crise e incerteza", já que na última cimeira ministerial, em Buenos Aires, em 2017, poucos avanços foram alcançados.
A líder da OMC, entidade que hoje e segunda-feira reúne a conferência ministerial, vincou que "a este cálculo há que acrescentar as perdas derivadas da redução das economias de escala, os custos de transição para as empresas e trabalhadores, a realocação de recursos e as barreiras regulatórias que cada bloco iria impor", além das tensões sociais e migratórias.
De acordo com a agência Efe, um dos grandes desafios da OMC é a necessidade de uma aprovação por unanimidade nos votos que são levados ao plenário, o que na prática significa que qualquer país pode paralisar as decisões da organização.
No contexto, a principal preocupação será a postura da Rússia nas negociações e, depois, nas votações.
Perante estes desafios, Okonjo-Iweala pediu a todas as delegações para se esforçarem nas negociações, que vão decorrer "num momento de grande crise e incerteza", já que na última cimeira ministerial, em Buenos Aires, em 2017, poucos avanços foram alcançados.