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Offshore da Madeira recebeu 40% do IDE realizado em Portugal

Cerca de 40% do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) realizado em Portugal desde 1996 foi, afinal, dirigido às zonas francas da Madeira e dos Açores.

23 de Março de 2005 às 06:05
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Nestes movimentos de capitais, os «offshores» portugueses apenas serviram, na maior parte dos casos, como plataformas temporárias para investimentos entre dois outros países. O boletim estatístico de Março do Banco de Portugal mostra ainda que 35% do investimento directo realizado por Portugal no estrangeiro sai igualmente das zonas francas.

Açores foram o destino de 39% do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) registado em Portugal durante os últimos nove anos, revela o boletim estatístico de Março do Banco de Portugal publicado na passada segunda-feira. Durante esse período, o saldo positivo do IDE dirigido aos «off-shores» portugueses foi de mais de 11 mil milhões de euros, o que contribuiu decisivamente para o saldo total de IDE de 29 mil milhões.

A autoridade monetária portuguesa publicou pela primeira vez no boletim estatístico de Março a distinção entre o IDE total e aquele que excluí os fluxos realizados nas zonas francas portuguesas. Isto acontece devido às distorções provocadas pelos elevados movimentos de capitais aí realizados e nos quais Portugal apenas é utilizado, na grandemaioria dos casos, como plataforma para a movimentação de capitais entre outros países. Deste modo, a distinção agora efectuada pelo Banco de Portugal, permite uma leitura mais correcta do que tem sido a evolução do investimento directo efectivamente dirigido à economia portuguesa e que é menos favorável do que era anteriormente pensado.

Para alguns anos, esta análise altera mesmo por completo o panorama do desempenho na captação de IDE. Por exemplo, no ano de 2003, o saldo positivo de mais de 5 mil milhões de euros na entrada de capitais deveu-se, na sua totalidade a movimentos realizados com as zonas francas da Madeira e dos Açores. Fica assim explicado o desempenho surpreendente do IDE registado pelo Banco de Portugal em ano de profunda crise económica.

Leia a notícia na integra na edição de hoje do Jornal de Negócios.

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