Notícia
OE2025: Mariana Mortágua pede clareza ao PS sem excluir eleições
Mariana Mortágua participou hoje na manifestação em Lisboa pela habitação, organizada pela plataforma Casa para Viver.
28 de Setembro de 2024 às 17:32
A coordenadora do BE pediu este sábado clareza ao PS na rejeição do Orçamento do Estado, defendendo que é "o governo minoritário de direita" que tem de encontrar condições para o viabilizar, sem excluir a realização de eleições antecipadas.
Mariana Mortágua participou hoje na manifestação em Lisboa pela habitação, organizada pela plataforma Casa para Viver, e foi questionada sobre o encontro de sexta-feira entre o primeiro-ministro e o líder do PS sobre o Orçamento do Estado para 2025.
"Pedro Nuno Santos alimentou a ambiguidade sobre este Orçamento e continua a alimentar a ambiguidade sobre este Orçamento e é preciso clareza neste momento (...) É necessária uma alternativa em Portugal ao governo da direita", defendeu.
Questionada se essa clarificação se faz com recurso a eleições antecipadas, a coordenadora do BE começou por responder que a ideia de que o "chumbo" de um Orçamento de um governo minoritário implica eleições foi "inaugurada pelo Presidente da República", considerando que este foi talvez "o pior contributo que Marcelo Rebelo de Sousa deu à democracia nos últimos anos".
"Clareza implica nós percebermos que o orçamento e a governação é má e dizermos claramente que não deve haver orçamento. Um mau orçamento é mau para o país", afirmou.
No entanto, perante a insistência dos jornalistas de como se faz essa clarificação, admitiu as eleições "são uma das consequências possíveis de um chumbo de orçamento".
"E se elas vierem a acontecer, nós cá estaremos para as eleições. E esse é obviamente o momento também de clarificação política, de opções que as pessoas vão ter de fazer", afirmou.
Para Mariana Mortágua, o que não pode acontecer é o Governo "pedir que seja um partido à esquerda a viabilizar um orçamento de direita".
"Quem viabiliza um orçamento do governo de direita não é uma alternativa a um governo de direita, não faz oposição ao governo de direita porque o vai sustentar durante este ano e durante o próximo, como sabemos", alertou, reiterando o pedido de clareza ao PS.
A coordenadora do BE defendeu ainda que o problema de um futuro Orçamento do Estado do Governo PSD/CDS-PP "não é só o IRC e o IRS jovem".
"Também é, porque o IRC e o IRS jovem são a face mais visível de um governo para ricos, para uma elite. Mas não é só isso", disse, considerando que o documento terá também visão de "direita liberal" em áreas como a saúde ou habitação.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se pela primeira vez na sexta-feira para negociar o Orçamento do Estado para 2025, um encontro que se realizou na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e durou cerca de hora e meia, terminando com um aperto de mão público entre os dois.
Depois do encontro, o secretário-geral do PS afirmou que recusa um Orçamento do Estado com as alterações ao IRS Jovem e IRC propostas pelo Governo ou qualquer modelação dessas medidas.
Pouco depois, numa intervenção na VII Cimeira do Turismo em Mafra, Luís Montenegro classificou de "radical e inflexível" a proposta de Pedro Nuno Santos, mas prometeu que, na próxima semana, irá apresentar uma contraproposta aos socialistas numa "tentativa de aproximar posições".
Mariana Mortágua participou hoje na manifestação em Lisboa pela habitação, organizada pela plataforma Casa para Viver, e foi questionada sobre o encontro de sexta-feira entre o primeiro-ministro e o líder do PS sobre o Orçamento do Estado para 2025.
Questionada se essa clarificação se faz com recurso a eleições antecipadas, a coordenadora do BE começou por responder que a ideia de que o "chumbo" de um Orçamento de um governo minoritário implica eleições foi "inaugurada pelo Presidente da República", considerando que este foi talvez "o pior contributo que Marcelo Rebelo de Sousa deu à democracia nos últimos anos".
"Clareza implica nós percebermos que o orçamento e a governação é má e dizermos claramente que não deve haver orçamento. Um mau orçamento é mau para o país", afirmou.
No entanto, perante a insistência dos jornalistas de como se faz essa clarificação, admitiu as eleições "são uma das consequências possíveis de um chumbo de orçamento".
"E se elas vierem a acontecer, nós cá estaremos para as eleições. E esse é obviamente o momento também de clarificação política, de opções que as pessoas vão ter de fazer", afirmou.
Para Mariana Mortágua, o que não pode acontecer é o Governo "pedir que seja um partido à esquerda a viabilizar um orçamento de direita".
"Quem viabiliza um orçamento do governo de direita não é uma alternativa a um governo de direita, não faz oposição ao governo de direita porque o vai sustentar durante este ano e durante o próximo, como sabemos", alertou, reiterando o pedido de clareza ao PS.
A coordenadora do BE defendeu ainda que o problema de um futuro Orçamento do Estado do Governo PSD/CDS-PP "não é só o IRC e o IRS jovem".
"Também é, porque o IRC e o IRS jovem são a face mais visível de um governo para ricos, para uma elite. Mas não é só isso", disse, considerando que o documento terá também visão de "direita liberal" em áreas como a saúde ou habitação.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se pela primeira vez na sexta-feira para negociar o Orçamento do Estado para 2025, um encontro que se realizou na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e durou cerca de hora e meia, terminando com um aperto de mão público entre os dois.
Depois do encontro, o secretário-geral do PS afirmou que recusa um Orçamento do Estado com as alterações ao IRS Jovem e IRC propostas pelo Governo ou qualquer modelação dessas medidas.
Pouco depois, numa intervenção na VII Cimeira do Turismo em Mafra, Luís Montenegro classificou de "radical e inflexível" a proposta de Pedro Nuno Santos, mas prometeu que, na próxima semana, irá apresentar uma contraproposta aos socialistas numa "tentativa de aproximar posições".