Notícia
OCDE: Acabar o secundário é menos provável no ensino profissional, mas Portugal é exceção
Segundo os dados hoje revelados, a taxa de conclusão do ensino secundário dentro do tempo previsto é de 57% tanto entre os estudantes ensino regular como entre aqueles que optam por uma via profissionalizante.
08 de Setembro de 2020 às 10:22
A taxa de conclusão do ensino secundário no tempo previsto em Portugal é igual entre os estudantes do ensino regular e do profissional, uma exceção no contexto internacional, segundo um relatório da OCDE divulgado hoje.
"Tipicamente, é menos provável que os alunos do ensino secundário profissional concluam a sua formação em comparação com os programas regulares. Portugal é uma exceção", lê-se na edição de 2020 do relatório "Education at a Glance", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Segundo os dados hoje revelados, a taxa de conclusão do ensino secundário dentro do tempo previsto é de 57% tanto entre os estudantes ensino regular como entre aqueles que optam por uma via profissionalizante.
Em Portugal, os jovens que escolhem o ensino profissional representam, em média, 40% dos estudantes do secundário, um número ainda abaixo da média da OCDE (42%), mas o relatório destaca a aposta do país nesta área, sobretudo no acesso ao mercado de trabalho e ao ensino superior.
"Para apoiar os alunos do ensino secundário profissional a transitar para o ensino superior e melhorar as perspetivas de carreira, muitos países criaram caminhos diretos do ensino profissional para níveis superiores", refere o relatório.
Em Portugal, esse acesso direto chega a todos os alunos do ensino profissional, uma oportunidade que, na média da OCDE, só está disponível a 70% dos alunos.
Por outro lado, pela proximidade ao mercado de trabalho que esta via de ensino promove, estes alunos têm uma maior facilidade em arranjar emprego, em comparação com os jovens que concluíram a escolaridade obrigatória no ensino regular.
Olhando para a taxa de emprego, os dados da OCDE apontam que, em 2019, 88% dos jovens adultos entre os 25 e os 34 anos com ensino secundário profissional ou qualificação de nível pós-secundário não superior estavam empregados, em comparação com os 83% registados entre os jovens com o 12.º ano do ensino regular.
A taxa de emprego é mesmo superior em comparação com os jovens entre a mesma faixa etária com licenciaturas.
Segundo os dados do relatório, em 2019 a taxa de emprego era de 86% entre os portugueses com idades entre os 25 e os 34 anos e cursos superiores.
Por outro lado, os jovens que terminam o ensino superior ganham sobretudo a nível salarial: Em 2018, as pessoas entre os 25 e 64 anos, com um emprego a tempo inteiro, ganhavam 69% mais do que os trabalhadores com o nível secundário de ensino.
Sobre o ensino superior, a OCDE destaca ainda a expansão deste nível de ensino, sublinhando que em 2019, 37% dos jovens tinham um curso superior, registando um aumento de 14 pontos percentuais em relação a 2009.
Apesar de registar um crescimento superior ao da média da OCDE, Portugal continua atrás no número de formados no ensino superior.
Já na mobilidade de estudantes internacionais, Portugal segue à frente da média, com 4% dos estudantes portugueses a estudarem no estrangeiro (a média da OCDE é 2%). Por outro lado, a quota de estudantes estrangeiros no país duplicou em quatro anos, passando dos 4% em 2014 para os 8% em 2018.
Em geral, entre os países da OCDE, os destinos preferidos dos estudantes são os países anglo-saxónicos, com a Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos a receberem mais de 40% dos estudantes em programas de mobilidade internacional. Para os portugueses, o Reino Unido é o destino mais popular.
"Tipicamente, é menos provável que os alunos do ensino secundário profissional concluam a sua formação em comparação com os programas regulares. Portugal é uma exceção", lê-se na edição de 2020 do relatório "Education at a Glance", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Em Portugal, os jovens que escolhem o ensino profissional representam, em média, 40% dos estudantes do secundário, um número ainda abaixo da média da OCDE (42%), mas o relatório destaca a aposta do país nesta área, sobretudo no acesso ao mercado de trabalho e ao ensino superior.
"Para apoiar os alunos do ensino secundário profissional a transitar para o ensino superior e melhorar as perspetivas de carreira, muitos países criaram caminhos diretos do ensino profissional para níveis superiores", refere o relatório.
Em Portugal, esse acesso direto chega a todos os alunos do ensino profissional, uma oportunidade que, na média da OCDE, só está disponível a 70% dos alunos.
Por outro lado, pela proximidade ao mercado de trabalho que esta via de ensino promove, estes alunos têm uma maior facilidade em arranjar emprego, em comparação com os jovens que concluíram a escolaridade obrigatória no ensino regular.
Olhando para a taxa de emprego, os dados da OCDE apontam que, em 2019, 88% dos jovens adultos entre os 25 e os 34 anos com ensino secundário profissional ou qualificação de nível pós-secundário não superior estavam empregados, em comparação com os 83% registados entre os jovens com o 12.º ano do ensino regular.
A taxa de emprego é mesmo superior em comparação com os jovens entre a mesma faixa etária com licenciaturas.
Segundo os dados do relatório, em 2019 a taxa de emprego era de 86% entre os portugueses com idades entre os 25 e os 34 anos e cursos superiores.
Por outro lado, os jovens que terminam o ensino superior ganham sobretudo a nível salarial: Em 2018, as pessoas entre os 25 e 64 anos, com um emprego a tempo inteiro, ganhavam 69% mais do que os trabalhadores com o nível secundário de ensino.
Sobre o ensino superior, a OCDE destaca ainda a expansão deste nível de ensino, sublinhando que em 2019, 37% dos jovens tinham um curso superior, registando um aumento de 14 pontos percentuais em relação a 2009.
Apesar de registar um crescimento superior ao da média da OCDE, Portugal continua atrás no número de formados no ensino superior.
Já na mobilidade de estudantes internacionais, Portugal segue à frente da média, com 4% dos estudantes portugueses a estudarem no estrangeiro (a média da OCDE é 2%). Por outro lado, a quota de estudantes estrangeiros no país duplicou em quatro anos, passando dos 4% em 2014 para os 8% em 2018.
Em geral, entre os países da OCDE, os destinos preferidos dos estudantes são os países anglo-saxónicos, com a Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos a receberem mais de 40% dos estudantes em programas de mobilidade internacional. Para os portugueses, o Reino Unido é o destino mais popular.