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Nuno Melo: "Nem o CDS foi muleta, nem o PSD barriga de aluguer

O CDS-PP reúne-se hoje e domingo em congresso para reeleger Nuno Melo como presidente e escolher os novos órgãos, cerca de um mês depois das legislativas que marcaram o regresso do partido ao parlamento e ao Governo.

João Relvas
Lusa 20 de Abril de 2024 às 12:38
O presidente do CDS-PP rejeitou hoje que o seu partido tenha sido muleta nas últimas legislativas, ou o PSD, parceiro de coligação na Aliança Democrática, "barriga de aluguer", insistindo que os centristas foram decisivos no resultado eleitoral.

"Nem o CDS-PP foi muleta nem o PSD foi barriga de aluguer. Os votos de uns e de outros foram absolutamente decisivos para a vitória sobre o PS e as esquerdas e um novo ciclo político", considerou Nuno Melo, à entrada do 31.º Congresso do CDS-PP, que decorre hoje e domingo, em Viseu.

Na opinião do líder centrista, "o CDS mostrou utilidade também pelos votos que somou à direita" nas eleições legislativas do passado dia 10 de março, nas quais os centristas foram a votos na coligação Aliança Democrática, que juntou PSD, CDS-PP e PPM.

"O CDS foi decisivo, o CDS não entrou onde está por favor", sublinhou.

Nuno Melo salientou que os centristas estão numa coligação governativa com o PSD "transportando a sua singularidade", como partido "democrata-cristão, humanista, personalista, aberto a correntes liberais, conservadoras".

"Não faria sentido nenhum uma coligação se o CDS não acrescentasse, o CDS acrescenta, acrescentou votos, mandatos e a nossa singularidade. Nós não nos diluímos", assegurou.

O CDS-PP reúne-se hoje e domingo em congresso para reeleger Nuno Melo como presidente e escolher os novos órgãos, cerca de um mês depois das legislativas que marcaram o regresso do partido ao parlamento e ao Governo.

Partido "está vivo, mobilizado"

O 31.º Congresso do CDS-PP arrancou com uma intervenção do presidente daquele órgão que salientou que o partido está "vivo e mobilizado para crescer".

José Manuel Rodrigues defendeu que esta reunião magna mostra que "o CDS está vivo, mobilizado para crescer e, sobretudo, para servir Portugal".

"Como se vê por esta sala, eram manifestamente exageradas as notícias que falavam do desaparecimento ou da morte do CDS", considerou.

José Manuel Rodrigues sustentou também que este é um "congresso marcante" porque marca o regresso do CDS-PP à Assembleia da República e ao Governo e destacou que o partido esteja presente no executivo nacional, e também na Madeira e nos Açores.

"Que grande é o nosso partido", rematou.

Também numa intervenção na abertura do congresso, o antigo deputado Hélder Amaral assinalou o "passado grande e glorioso" do CDS-PP e saudou Nuno Melo como "o verdadeiro responsável pela fé, crença e energia" e "por não ter desistido e mobilizado todos" ao longo dos dois anos de mandato.

O delegado distrital de Viseu defendeu também que o CDS "nunca virou as costas ao país, esteve sempre presente e foi fundamental mais uma vez, foi decisivo para uma alternativa de governo".

"Não há razões nenhumas para não ter esperança no futuro", afirmou.

Hélder Amaral disse que agora o trabalho passa por "interpretar as necessidades" e "conseguir dar respostas e soluções" aos portugueses "sem ódio, sem divisões, com moderação, coragem e frontalidade".

"Não podemos permitir que o país não seja tolerante, moderado, de todos para todos. Temos de voltar a pôr a marca do CDS em todos os distritos do país", afirmou.

Os dois dirigentes agradeceram aos militantes base pelo apoio, "trabalho e sacrifício" nestes últimos tempos.

Na abertura do congresso foi também projetado nos ecrãs um vídeo com fotografias de momentos do partido ao longos dos 50 anos de existência.

No arranque dos trabalhos foi ainda mostrada uma mensagem em vídeo do presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, que assinalou o regresso do PSD e do CDS-PP ao Governo de Portugal após oito anos de governação socialista.

"Temos a certeza que vai trazer a mudança que Portugal necessita e os cidadãos merecem", defendeu, dizendo contar com a "motivação" dos centristas "para conseguir um novo sucesso, agora a nível europeu", nas eleições europeias de junho.
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