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Nuno Melo garante que único Governo que PSD e CDS-PP vão viabilizar é da AD

O líder do CDS-PP criticou o presidente do Chega e os partidos à esquerda na "Convenção por Portugal", iniciativa da coligação Aliança Democrática.

Lusa
21 de Janeiro de 2024 às 12:29
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O presidente do CDS-PP afirmou hoje que o "único governo" que a Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) vai viabilizar é destes partidos e pediu a André Ventura para não "tresler o pensamento dos outros".

"Para que fique claro, o único governo que a AD vai viabilizar depois de 10 de março vai ser o governo da AD quando vencermos as eleições, contados todos os votos. Vai ser o único governo que vamos viabilizar", salientou.

Nuno Melo deixou esta garantia no arranque do seu discurso na "Convenção por Portugal", iniciativa da coligação Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS-PP e PPM nas próximas eleições legislativas de 10 de março.

Falando no Centro de Congressos do Estoril (distrito de Lisboa), o presidente do CDS-PP disse saber "muito bem" quem são os seus adversários: "São as esquerdas, mas são também todos aqueles que querem o insucesso da AD".

Nuno Melo, que foi criticado no sábado pelo líder do Chega por declarações sobre a eventual viabilização de um governo minoritário do PS, aproveitou para deixar uma "sugestão a André Ventura".

"Pare lá de tresler o pensamento dos outros e deixar de ser o aliado útil, a muleta útil das esquerdas, disponível para apresentar moções de rejeição a este governo da AD, para dar a mão ao PS, BE, PCP, PAN e Livre", desafiou.

Num discurso em que lançou críticas, sobretudo ao PS, mas também ao BE e ao Chega, e apresentou algumas medidas que constarão no programa eleitoral da coligação, Nuno Melo sustentou que a AD "não é coisa do passado, é coisa do presente", assinalando que PSD e CDS-PP estão juntos em dezenas de autarquias e os governos regionais da Madeira e dos Açores.

"E vai medir-se no próximo dia 10 de março no governo de Portugal", declarou.

À entrada para o Centro de Congressos do Estoril, onde decorre a convenção da AD, Luís Montenegro não respondeu às perguntas dos jornalistas, quer sobre as ausências de Passos Coelho ou do líder do PPM, quer sobre as declarações do líder do CDS-PP, Nuno Melo, sobre a viabilização de um eventual governo minoritário do PS.

"Estamos focados em dar soluções aos problemas das pessoas", disse, prometendo apresentar hoje algumas propostas e "nas próximas semanas" o programa eleitoral da AD.

Em entrevista à CNN, esta semana, Nuno Melo disse defender que "quem ganha deve governar" e, questionado se a AD deveria viabilizar um eventual governo minoritário do PS mesmo havendo maioria de centro-direita, respondeu: "É o que eu defendo, o que reclamo para a coligação deve ser aplicável a todos os outros, falo por mim enquanto presidente do CDS-PP".

Depois de críticas do líder do Chega, o líder do CDS-PP emitiu um comunicado em que acusou André Ventura de "tresler o pensamento alheio" e deixou clara a posição da coligação.

"Em condições normais quem vence deve governar. Mas a AD não viabilizará um governo de esquerda, em primeiro lugar porque vencerá as eleições e em segundo lugar porque a normalidade desapareceu quando o PS governou tendo perdido as eleições e Pedro Nuno Santos esclareceu que não viabilizará um governo à sua direita, abrindo as portas a uma geringonça 2.0, que seria um desastre para Portugal. As regras têm de ser iguais para todos", clarificou.

A convenção "Por Portugal", uma iniciativa da coligação Aliança Democrática (AD), junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas antecipadas de 10 de março.
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